Sem nomeação do MEC, UFRB fica sem reitor. Um absurdo

A UFRB (Universidade Federal da Bahia) está oficialmente sem reitor desde 0h desta quarta-feira (31/07). Isso porque o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não nomeou a reitora eleita através de consulta pública, a professora Georgina Gonçalves. 

A lista tríplice foi enviada ao Ministério da Educação em março deste ano. Passados cinco meses, ainda não houve uma escolha do governo federal, o que é um absurdo. 

Diante do descaso e da gravidade da situação, o CONSUNI (Conselho Universitário) enviou um pedido ao MEC solicitando a nomeação imediata de  Georgina Gonçalves para o próximo quadriênio 2019/2023. A professora obteve o maior número de votos pela comunidade universitária, em 27 de fevereiro, para ocupar o cargo de reitora. 

A Moção de Preocupação, como chama o documento, emitida nesta terça-feira (30/07), foi aprovado por unanimidade pelos conselheiros. O cargo de reitor foi assumido por Silvio Soglia até o dia 15 de julho. Com a saída dele, Georgina, que era vice-reitora, ocupou a função até 30 de julho, data do fim do mandato. Agora, ninguém responde pelo título.

No documento, o Consuni informou que “as instâncias de controle e fiscalização acionadas até aqui, como Advocacia-Geral da União, Ministério Público Federal e Seção Judiciária do Estado da Bahia – 16ª Vara Federal Cível, atestaram a lisura dos procedimentos adotados pela instituição na eleição e composição da lista tríplice”.

Vale lembrar que os órgãos não apontaram ilegalidades no processo sucessório. A ASSUFBA denuncia o grave ataque à autonomia universitária, prevista no artigo 207 da Constituição Federal, e defende que seja respeitada a escolha da comunidade da UFRB.