Servidores da UFBA fazem paralisação contra a EBSERH

Nesta quinta-feira (4), às 11h, os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), representados pela ASSUFBA Sindicato, realizarão um ato com paralisação das atividades, em protesto contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Os trabalhadores denunciam que a única oportunidade de discussão sobre o tema aconteceu na última sexta (28), durante uma audiência pública realizada na reitoria da instituição, com a presença do secretário estadual da Saúde, Jorge Solla.

“Vamos paralisar nossas atividades porque a Universidade quer votar a adesão à empresa amanhã, às 14h, em uma reunião convocada com apenas 24h de antecedência. Não podemos permitir que o futuro dos nossos hospitais universitários seja decidido sem a devida discussão. Queremos continuar o debate porque entendemos que a solução para o problema do Hospital das Clínicas (HUPES) e da Maternidade Climério de Oliveira (MCO) é a realização imediata de concurso público”, alega a coordenadora geral da ASSUFBA, Nadja Rabello.

Categoria protesta contra a adesão à empresa criada para gerir os hospitais universitários

Alvo de moções de repúdio de diferentes entidades em todo o país, o modelo proposto pela EBSERH recebe o apoio da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). De acordo com a direção da ASSUFBA, o governo demonstrou falta de argumento ao defender a empresa durante a audiência, onde servidores técnico-administrativos, docentes e discentes da UFBA, além de representantes de movimentos sociais fizeram uma manifestação para exigir respeito à autonomia universitária.

“É contraditório que, no âmbito de um sistema de saúde absolutamente necessitado de maiores investimentos, estes já poucos recursos sejam destinados à manutenção de órgãos privados de saúde, ferindo o princípio de equidade do SUS, que é a determinação da adequada e justa distribuição dos serviços e benefícios para todos os membros da sociedade”, defende o coordenador jurídico da ASSUFBA e dirigente da Fasubra Sindical, Paulo César Vaz.

De acordo com o dirigente, a entidade repudia a postura do Governo Federal de não abrir concursos públicos pelo Regime Jurídico Único (RJU) nas universidades públicas federais para o funcionamento dos HUs. “Não aceitaremos o corte de recursos orçamentários como forma de retaliação por rejeitarmos uma empresa de caráter privatista para a gestão de nossos hospitais universitários”, afirma.

ASCOM ASSUFBA Sindicato
03/10/12