Servidores federais vão às ruas cobrar do governo resposta à pauta unificada

Os servidores públicos federais de todo país darão prosseguimento ao calendário de luta da categoria e realizam nesta quarta-feira (19) um Dia Nacional de Mobilização, em todos os estados. Em Brasília, um grande ato será realizado na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), com concentração a partir das 9h, para cobrar do governo federal resposta à pauta unificada dos SPF, já protocolada em janeiro.

Na tarde deste mesmo dia vai acontecer uma reunião com a participação de diversas entidades do funcionalismo. O encontro servirá para traçar os próximos passos da campanha.

Por todo o país, as seções sindicais do ANDES-SN realizam atividades para marcar o Dia Nacional de Paralisação dos docentes das Instituições Federais, chamado pelo Sindicato Nacional, em conjunto com outras categorias dos SPF. Passeatas, debates, panfletagens estão previstas para ocorrer durante a quarta-feira nas IFE de todo o país.

O coordenador da CSP-Conlutas, Paulo Barela, destaca que entre as bandeiras de luta do funcionalismo público federal, estão a implementação de uma política salarial (que não foi implementada até hoje), com correção de perdas; defesa do serviço público e contra qualquer tipo de reforma que signifique retirada de direitos; mais verbas para a educação e a saúde; luta contra ações de governo que signifiquem privatização no setor púbico, como o Funpresp e a Ebserh.

Barela ponderou que “os servidores se preparam para um processo importante de luta. Os técnicos administrativos das universidades federais já definiram greve a partir do dia 17, segunda-feira. Há um chamamento do Fórum das Entidades dos SPF para realizarmos um grande ato em Brasília no dia 19 e temos a possibilidade concreta de um processo de construção de uma greve, que pode se unificar no decorrer do mês de abril.” O dirigente avalia ainda que tal reação de resistência se faz necessária diante do descaso dos governos com as reivindicações da classe trabalhadora.

Greve da Fasubra impulsiona luta
Alguns setores já começaram a paralisar suas atividades, entre eles, os técnico-administrativos das instituições de Ensino Superior, organizados pela Fasubra, que entraram em greve nesta segunda-feira (17).

Os técnico-administrativos das universidades federais, que representam 180 mil trabalhadores, decidiram deflagrar a greve após inúmeras reuniões realizadas com representações do MEC e com a Secretaria de Relações do Trabalho do Mpog, sem nenhum avanço na discussão sobre a pauta de reivindicação específica da categoria.

Essa paralisação tem como reivindicação a pauta geral do funcionalismo e a pauta especifica da categoria, como revisão no plano de carreira, jornada de trabalho de 30 horas semanais, mais democracia nas universidades, entre outras demandas.

Servidores de outros segmentos também se mobilizam

Os docentes e técnicos dos Institutos Federais organizados pelo Sinasefe realizarão seu Congresso de 27 a 30 de março, tendo com centro a pauta do funcionalismo e preparação da grave da categoria.

Os servidores judiciários estão intensificando sua mobilização com plenárias, e a Fenajufe prepara para a primeira quinzena de abril a greve da categoria.

A Condsef realiza uma plenária nacional em Brasília na quinta (20) com os servidores de sua base. Além de debater as últimas ações e avaliar o resultado dos processos de pressão feitos até agora, a categoria votará se deve ou não apontar o início de uma greve para buscar avanços junto ao governo. Até o momento, pouco mais de 87% dos que responderam a uma enquete que está no ar no site da Condsef são a favor da greve geral por tempo indeterminado.

Confira os eixos da Campanha Unificada dos SPF
– Definição de data-base (1º de maio);
– Política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações;
– Cumprimento por parte do governo dos acordos e protocolo de intenções firmados;
– Contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores;
– Retirada por PL’s, MP’s, decretos contrários aos interesses dos servidores públicos;
– Paridade e integralidade entre ativos, aposentados e pensionistas;
– Reajuste dos benefícios;
– Antecipação para 2014 da parcela de reajustes de 2015.

Fonte: http://www.andes.org.br/