Servidores(as) da UFOB rejeitam proposta insuficiente do governo e aprovam continuidade da greve
Os(as) Técnico(a)-Administrativos(as) em Educação da UFOB rejeitaram a proposta insuficiente do governo à categoria e aprovaram a continuidade da greve. A decisão foi tomada durante a Assembleia Geral Virtual da ASSUFBA, nesta segunda-feira (27/05). Foram 88% votos favoráveis, nenhum contrário e 2% abstenções.
No último dia 21, durante a 5ª Reunião da Mesa Específica e Temporária da Carreira dos(as) Técnico(a)-Administrativos(as) em Educação, o governo propôs apenas reajuste de 9% para janeiro de 2025 e 5% em maio de 2026, além de 0% de reajuste para 2024, steps em 3,9% e discussão com o MEC da concessão do RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências) para os(as) TAE.
Durante a assembleia, os(as) servidores(as) também aprovaram a contraproposta feita pela FASUBRA. Os votos favoráveis somaram 72%, não houve voto contrário e 5% se abstiveram.
Vale lembrar que os parâmetros para elaboração de contraproposta para o aprimoramento do PCCTAE e os índices de recomposição salarial, são os seguintes:
1. Utilizando o piso do nível E como referência na matriz salarial, as correlações com os pisos dos outros níveis de classificação passariam a ser calculados da seguinte forma:
a. Piso do Nível de Classificação A, passa a ter uma correlação de 39% em relação ao piso do nível E;
b. Piso do Nível de Classificação B passa a ter uma correlação de 40% em relação ao piso do nível E;
c. Piso do Nível de Classificação C passa a ter uma correlação de 60% em relação ao piso do nível E;
d. Piso do Nível de Classificação D passa a ter uma correlação de 61% em relação ao piso do nível E.
2. Aumento escalonado do step constante partindo de 4,0% até alcançar o percentual de 4,5% em 2026.
3. Recomposição salarial, no piso de referência, com os índices de pelo menos 4% em 2024 (inflação), 9% em 2025 e 9% em 2026.
O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, lembrou que a greve segue forte, com grandes movimentações, entre atividades diversas e caravanas, e reforçou que a proposta apresentada pelo governo teve uma repercussão negativa por ser insuficiente e nem sequer prevê correção salarial para este ano.
Opinião semelhante tem o Coordenador Geral do Sindicato, Edinelvan Lima. “Temos a pior proposta apresentada até agora. O governo precisa fazer um esforço maior. A educação continua sendo subvalorizada no país”.
O Coordenador de Comunicação da entidade, Antonio Bomfim Moreira, afirmou que o Sindicato tem dado conta de todas as orientações emanadas pelo Comando Nacional de Greve. Ele também considera a proposta inaceitável para um setor tão estratégico para o desenvolvimento nacional.
A greve, que já completa 76 dias, precisa se manter firme e forte. O posicionamento é da Coordenadora Adelmária Ione, que também acredita que é necessário aumentar o diálogo com a sociedade.
Para o Coordenador do Sindicato, Rony Keito, com essa proposta ruim, a categoria não sairá do pior salário do Executivo. “Continuamos na greve. O resultado das negociações depende da nossa mobilização”, exclamou. Ficou acertado ainda que o Sindicato irá buscar agendar audiência com o reitor da UFOB, Jacques Antonio de Miranda, para tratar das pautas internas.