Sindicatos fortes e mobilizados são necessários para assegurar mudanças no novo governo

No último dia 18 de janeiro, várias centrais sindicais se dirigiram até Brasília para discutir junto ao presidente Lula e ao ministro do Trabalho Luís Marinho pautas como a correção do valor do salário mínimo e o futuro da causa sindical no país.

A posição das centrais foi construída de forma unitária na Conclat – Conferência da Classe Trabalhadora, em abril de 2022, estabelecendo como objetivos centrais a defesa da política de valorização do salário mínimo, corrigido acima da inflação, e o fortalecimento das negociações da categoria com o governo.

Aumentar a representatividade sindical, a organização das instituições sindicais e assegurar a autonomia e liberdade dos sindicatos são parte das metas para esse novo diálogo com o governo federal, o primeiro em quase seis anos de ausência no Palácio do Planalto, consequência do acirramento de pautas reacionárias e liberais no Brasil.

O presidente Lula parece, desde o início de seu novo mandato, estar aberto à negociações com a classe trabalhadora e disposto a desfazer os estragos produzidos pela extrema-direita através de Bolsonaro. Os ventos parecem mais favoráveis, porém a luta continua. É preciso aproveitar a oportunidade para assegurar que os direitos dos trabalhores e a atuação dos sindicatos não sejam novamente ameaçados pelas forças que operam contra a categoria e o avanço do país.