Técnico-administrativos da UFBA participam do movimento “Desocupa a prefeitura, João”

Mais uma vez as mídias sociais mostraram sua capacidade de intensificar as reações populares. Mobilizados por uma campanha iniciada através do “Facebook”, centenas de cidadãos foram à Praça Municipal de Salvador, na última sexta (20), para pedir a saída do prefeito João Henrique (PP). O ato contou com expressiva participação dos técnico-administrativos da UFBA, que protestaram contra a atual gestão da capital baiana. Com faixas, cartazes, nariz de palhaço e apitos, os cidadãos ocuparam as escadas da sede do Executivo.

“Onde há população inerte, impera a impunidade. Nossa Câmara está cheia de parasitas e Salvador merece mais. Por isso, estamos aqui unidos para protestar contra essa gestão incompetente, que castiga nossa capital. Desocupa!”, enfatiza Renato Jorge Pinto, coordenador geral da ASSUFBA Sindicato.

Foto: Américo Barros

Para o coordenador de Esporte e Cultura da ASSUFBA Mário Sérgio Nascimento, não há o mínimo de seriedade nos projetos aprovados. “Ainda chamam esses absurdos de ‘reforma urbanística’. Na verdade, as propostas deixam claro o descaso com que vem sendo tratada a cidade. Essa gestão enxerga Salvador como oportunidade de bons negócios para alguns grupos”, afirma.

INDIGNAÇÃO – No último dia 17, João Henrique, que já foi do PDT e se reelegeu pelo PMDB, sancionou verdadeiros absurdos em forma de leis. Os projetos, dentre outras tragédias, extinguem a Mata Atlântica e liberam o gabarito da orla, o que provoca sombra nas praias. A população reagiu com indignação, preparando a manifestação com direito a um “Judas” fora de época, que queimou ao som de palavras de ordem como “Desocupa!”, “Partido não!”, “Prefeito traidor, vendeu nosso metrô!”.

Foto: Américo Barros

PPDU – Apesar de o Ministério Público ter conseguido na Justiça uma liminar que suspendeu a tramitação de parte dos projetos que alteravam o PDDU, um ardil legislativo levou a Câmara de Vereadores a colocar o texto em votação e aprová-lo em 29 de dezembro. Como a decisão judicial impedia a votação do projeto de lei que modificava o PDDU, os vereadores apresentaram emendas de idêntico teor a um segundo projeto que alterava a Lei de Ordenamento do Uso do Solo (Louos).

A aprovação das emendas e do novo texto da Louos levou o MP a denunciar por improbidade administrativa os 30 vereadores que votaram a favor das mudanças, mais o presidente da Câmara, Pedro Godinho (PMDB), por ter colocado o projeto em votação. Segundo a denúncia do MP, nove emendas foram apresentadas com rubricas ilegíveis por grupos de 13 a 15 vereadores. Ascom ASSUFBA Sindicato