Ufba: Estudantes prometem iniciar paralisação com um ‘faxinaço’ na faculdade

A reunião entre os alunos de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que aconteceu na sede da instituição na manhã desta terça-feira (20), definiu as atividades do primeiro dia de paralisação. Por meio do Facebook, a comissão organizadora do movimento estudantil divulgou uma lista com a programação desta quarta e convocou a presença de todos os envolvidos. De acordo com o documento, a partir das 7h os discentes se concentrarão no estacionamento da faculdade, de onde irão iniciar um “apitaço”, seguido de um abraço coletivo, que deve envolver todo o prédio da instituição. As tarefas se encerram com um minuto de silêncio e, em seguida, uma faxina geral nas instalações. Segundo a estudante Adriana Mattos – uma das líderes da iniciativa – uma quantia foi arrecadada pelos próprios universitários, com ajuda do ex-diretor e atual professor da disciplina Processo do Trabalho, Johnson Meira, para a compra de materiais de limpeza, além de cartolinas, tintas e canetas para confecção de cartazes, que serão expostos nos próximos dias. Questionada sobre um possível contato com os dirigentes para solucionar os problemas apresentados, Adriana afirmou que ninguém da direção se manifestou sobre a paralisação. “Ninguém nos procurou. Celso [Castro] está dando declaração à mídia, mas em nenhum momento foi até a gente para tentar resolver nada”, alegou, em conversa com o Bahia Notícias. Ela ainda revelou que um documento será enviado ao diretor Celso Castro, com a carta pública divulgada na última segunda (19), e fotos anexas para que uma providência seja tomada. A matéria também será encaminhada à reitora da Ufba, Dora Leal, com um adicional de pedidos de esclarecimento sobre as temáticas citadas na carta, que segundo a estudante, tem a ver com a política da universidade como um todo.

Procurado pelo Bahia Notícias, o diretor da Faculdade de Direito da Ufba, Celso Castro, disse que não recebeu nenhum documento oficial dos estudantes para que haja um acerto, e que é responsabilidade dos manifestantes ir até ele expor suas insatisfações. Ele contou que teve acesso somente à carta pública divulgada anteriormente pelas redes sociais e informou que já providencia, juntamente com a reitora e o vice-reitor, Luis Rogério, uma maneira de resgatar a estrutura e solucionar as situações questionadas. “Eu não recebi nada oficial dos alunos. Nenhum documento, nem nada. Não estou contra eles, mas se eles que tomaram a iniciativa de fazer protestos, são eles que têm que me procurar porque eu não sei a quem procurar. Até no documento está assinado pela ‘comissão’. Para ser sincero, li uma carta aberta que está circulando pela internet. Mas a respeito das exigências contidas no documento, já estamos estudando algumas maneiras de agir. Ontem (segunda) mesmo tive uma reunião no gabinete da vice-reitoria com o vice-reitor, Luis Rogério, com o chefe da equipe de arquitetura, Imbiriba, e o prefeito do campus. Lá discutimos vários dos assuntos que foram citados na carta”, reiterou. Além disso, o diretor se disse acessível aos estudantes e reforçou o seu apoio à ação. “Estou completamente disponível para que eles venham expor os problemas para resolvermos. Não há adversidades, somos parceiros”, concluiu.

FONTE: Bahia Notícias