Assufba cobra explicações sobre a cessão à EBSERH

Em audiência com a reitora da UFBA, o Sindicato abordou a cessão de todos os servidores do COM-HUPES e MCO à EBSERH sem nenhum aviso prévio ou discussão

Coordenação da ASSUFBA questiona reitorado sobre cessão. Foto_ Foco Filmes

Coordenação da ASSUFBA questiona reitorado sobre cessão. Foto_ Foco Filmes

Em audiência realizada com a reitora da UFBA, Prof.ª Dora Leal Rosa, a direção da Assufba, juntamente com os membros das Seções e servidores da MCO e COM-HUPES, esteve presente também a enfermeira. Tânia Bulcã, presidente da ABEN-Seçã. BA foi discutida polêmica relação da UFBA com a EBSERH. O Sindicato levou à reitora seu desacordo total com a condução e desdobramentos do convênio da UFBA com a EBSERH e a cessão normatizada pela Portaria N° 277/2013, assinada pela reitora em 26 de dezembro de 2013.

O coordenador geral da Assufba, Renato Jorge Pinto, iniciou reafirmando a posição contrária da categoria à empresa, bem como a falta de transparência de sua ação em nossos HU’s. “ Isto se revela desde a discussão sobre a adesão no CONSUNI, na assinatura do contrato e agora com a cessão, em todas essas etapas, não houve qualquer discussão democrática.”

A coordenadora de comunicação da Assufba, Cássia Maciel, abordou a situação de revolta dos servidores. “Além da publicação silenciosa da portaria de cessão, nem os diretores destas unidades que tinham conhecimento disto se prestaram a reunir a comunidade para os devidos esclarecimentos e responder ás dúvidas .”

Trabalhadores durante audiência com reitora da UFBA. Foto Foco Filmes

Trabalhadores durante audiência com reitora da UFBA. Foto Foco Filmes

As servidoras presentes se manifestaram abordando a falta de explicações sobre diversas situações, como desvios de função, ameaças de relotação devido à limitações funcionais e condições de trabalho.

A reitora se posicionou trazendo aspectos técnicos do contrato, ratificando ser favorável à empresa como solução possível e que a cessão segue os trâmites legais do contrato, mas não detinha respostas para muitas perguntas.

O coordenador de formação sindical da Assufba, Antônio Bomfim, levantou ainda um questionamento sobre a legalidade da portaria. “Vejo que o documento não inclui a nossa vinculação ao PCCTAE, isso é grave, não estamos soltos, temos um plano de carreira que nos garante direitos”.

Outro ponto abordado foi o destino dos trabalhadores da FAPEX, aos quais na atualidade a única resposta dada pelo reitorado é de que estudem para passar no concurso. Nesse sentido, a EBSERH permanece na penumbra e os trabalhadores já sofrendo as consequências de sua ação.

Coordenação da ASSUFBA reafirma posição contrária da categoria à empresa. Foto_ Foco Filmes

Coordenação da ASSUFBA reafirma posição contrária da categoria à empresa. Foto_ Foco Filmes

A Assufba entregou documento solicitando ao reitorado a cópia do contrato da MCO e do COM-HUPES, que foi entregue no mesmo dia. Os trabalhadores finalizaram reivindicando o compromisso da Universidade em torno de garantir-lhes a permanência na unidade, a manutenção da jornada de 30h com funcionamento em Turnos Contínuos e ações de Capacitação/Qualificação.

Serão agendadas audiências com os Superintendentes das duas unidades e a discussão sobre paralisação das atividades na Assembleia do dia 13.02, que será na escola Politécnica, no Auditório Leopoldo Amaral, às 9h.

Fonte: ASSUFBA Sindicato