Comando Local de Greve da UFBA se reúne com o reitor
O Comando Local de Greve, composto por representantes de diversas unidades da UFBA, foi recebido pelo reitor da universidade, João Carlos Salles, na última terça-feira (02/06), na Reitoria. Na ocasião, os trabalhadores técnico-administrativos, em greve desde o último dia 28, tiveram a primeira audiência com o reitorado para discutir as motivações na paralisação das atividades, assinalando a necessidade de ações de valorização da força de trabalho dos servidores.
Foram debatidos temas fundamentais para o coletivo de trabalhadores da UFBA, a exemplo da capacitação e qualificação da força de trabalho, quando foi enfatizada a necessidade de criação de um mestrado profissional dirigido à categoria dos técnico-administrativos; a melhoria das condições de trabalho relacionadas ao ambiente físico e as relações entre as diversas categorias que compõe o corpo de trabalhadores da universidade.
Tratou-se também dos Turnos Contínuos, destacando sua relação com a melhoria na qualidade do atendimento com o funcionamento em três turnos; da necessidade de medidas institucionais efetivas no combate ao assédio moral, situação agravada no momento do movimento grevista, especialmente para os trabalhadores em estágio probatório; da pertinência sobre a discussão da organização administrativa e funcional da UFBA a partir de uma ótica mais plural; e da importância de ampliação e construção de fóruns de participação dos técnicos na construção do Projeto de Universidade que os trabalhadores querem.
Em sua fala, o reitor João Carlos Salles reiterou a posição quanto à legitimidade do movimento dos trabalhadores e enfatizou que este seria apenas o início de um diálogo que deve continuar para além do período de greve. Ele identificou, ainda, as especificidades que caracterizam as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores técnico-administrativos, reconhecendo a necessidade de estabelecer relações que preservem a dignidade das pessoas no ambiente institucional.
Ao final, o reitor enfatizou a necessidade da ampla discussão de soluções para os problemas enfrentados historicamente pela Instituição, a partir da construção coletiva do Projeto de Universidade desejada.
O estabelecimento e manutenção de canais de diálogos que assegurem a troca de experiências para construção de um movimento, fortalece os trabalhadores técnico-administrativos, enquanto categoria, e a instituição, por demonstrar esforço na consolidação de uma UFBA cada vez mais democrática.