Servidores da UFBA avaliam rumos do movimento em assembleia

Servidores da UFBA votaram pela continuação da greve da categoria

Com o objetivo de avaliar a greve da categoria e definir as próximas ações do movimento, os servidores técnico-administrativos da UFBA se reuniram na manhã da quinta-feira (16/7), em assembleia na Faculdade de Economia, na Piedade. Na ocasião, ficou definida a data do novo encontro: 23/7, às 9h, na Faculdade de Arquitetura, Federação.

Além disso, os trabalhadores aprovaram ações para os próximos dias. Na segunda-feira (20/7), serão realizadas visitas às unidades. No dia 21/7, às 9h, acontece debate sobre Capacitação na Faculdade de Arquitetura. A intenção do Sindicato é trazer servidores das universidades do interior do estado para participarem da atividade. Já no dia 22/7, também às 9h, em Arquitetura, os trabalhadores vão tratar da Pauta Local da greve da categoria.

A assembleia teve início com o relato do coordenador Geral da Assufba, Renato Jorge, que falou sobre a atividade na Unilab, em São Francisco do Conde, em 14/7, quando os trabalhadores saíram em caminhada pelas ruas da cidade para apresentar à população as reivindicações dos técnicos. A Assufba disponibilizou um ônibus para o transporte dos técnicos da UFBA, que se somaram ao ato.

Paulo Vaz, coordenador da Assufba e integrante da Fasubra, falou sobre o Dia Nacional de Doação de Sangue da federação, realizado em 15/7, quando os trabalhadores estiveram nos hospitais universitários e falaram sobre a situação das unidades em todo o país. Na Bahia, o ato aconteceu no COM-Hupes e, de lá, os voluntários seguiram até o Hemoba para fazer a doação de sangue.

Paulo lembrou que, neste ano, os trabalhadores do Hupes e da Maternidade Climério de Oliveira fizeram um acordo histórico de greve. Para não prejudicar os pacientes, os servidores decidiram por não fechar as portas e, assim, não prejudicar a parcela da população que mais precisa do atendimento.

Caravana

Dolores de Brito falou sobre a participação na Caravana

Os trabalhadores que participaram da Caravana à Brasília, realizada no início de julho, apresentaram suas impressões sobre a atividade. Segundo Dolores de Brito, coordenadora de Aposentados, afirmou que “foi um momento maravilhoso. Mais de 5 mil trabalhadores deram a volta pela Esplanada. O governo se sentiu pressionado e resolveu conversar com a gente.”

Já o servidor José de Deus declarou que um dos diferencias da categoria dos técnico-administrativos é o desejo em participar das atividades que venham a promover mudanças reais e concretas, motivo de muito orgulho, segundo ele.

Renato Jorge informou aos presentes que, os interessados em participar de nova Caravana à Brasília, a ser realizada em agosto, devem procurar a Secretaria da Assufba a partir do dia 20/7, para realizar a inscrição.

Negociações com o governo

De acordo com Paulo Vaz, foram realizadas duas grandes negociações com o governo desde o início da greve, em 28 de maio. A última, que foi com o Fórum dos Servidores Públicos Federais foi muito positiva. “O Fórum informou ao governo que a proposta oferecida está rebaixada e não atende aos servidores. E, o governo admitiu que o aumento em quatro anos está demais e que pode rever isso.”

Sobre os índices de reajuste da alimentação, creche e auxílio saúde, o governo apresentará na próxima reunião com os trabalhadores. Outro ponto importante é que o governo já admite estudar a proposta da data-base para os servidores. “Nós reconhecemos que todos esses avanços são por conta das 66 universidades federais em greve”, declarou Paulo Vaz.

Ele informou, ainda, que a Fasubra fez um ofício junto com o Ministério da Educação (MEC) solicitando agendamento de reunião com a Ebserh para tratar da situação dos Hospitais Universitários.

Processos Jurídicos

Renato Jorge rememorou as últimas conversas sobre os processos jurídicos dos trabalhadores, a exemplo do desconto realizado para pagar os cálculos dos 28,86%. Segundo ele, no dia 07/07, foi realizado reunião com a AGU, quando esteve presente o chefe do escritório dos cálculos da AGU. “A proposta apresentada sobre os 28,86% foi a de que a AGU tomaria como base para acordo cerca de 400 trabalhadores que estão abaixo e 60 salários mínimos. Os outros 2.200 trabalhadores iriam receber em lotes de 200 pessoas.”

Informações sobre as atividades da próxima semana foram definidas na assembleia

Fotos: Foco Filmes / Eduardo PAranhos