Nordeste como alvo: cortes nas bolsas de pesquisa têm impacto maior na região

O primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro foi marcado pelos cortes e reduções nos repasses à educação. Como resultado, as bolsas de pós-graduação foram reduzidas e a região que sofreu o maior impacto foi o Nordeste. As áreas mais atingidas foram engenharia, educação e medicina.
Enquanto o número absoluto de bolsas retiradas foi maior no Sudeste, com 6% do total de 2.882 canceladas, onde também se concentra a maioria do número de programas e órgão de pesquisa. Proporcionalmente, o Nordeste foi o mais afetado com 2.063 bolsas foram perdidas nas instituições federais, o que representa 12% das vigentes anteriormente.
De responsabilidade do Ministério da Educação (MEC), as bolsas são financiadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão atacado constantemente durante o ano passado pelo governo Bolsonaro, com mais de 7 mil cortes em bolsas.
Ao todo, 7.590 bolsas foram canceladas pelo governo. Os quase 85 mil estudantes atendidos ficaram à mercê da situação. Outras 476 bolsas fazem parte de acordos e editais específicos.