Em assembleia conjunta, servidores da UNILAB da Bahia e do Ceará aprovam participação na greve do dia 18 de agosto
Em uma importante demonstração de unidade, durante Assembleia Geral Virtual conjunta, realizada nesta quarta-feira (11/08), os servidores da UNILAB da Bahia e do Ceará aprovaram a adesão à Greve Nacional contra a Reforma Administrativa e pelo Fora Bolsonaro no dia 18 de agosto, além do posicionamento contrário à PEC 32.
Para fortalecer a luta do dia 18, a categoria também aprovou a realização de atividades presenciais no período da manhã, onde for possível. Em Salvador, a manifestação acontece às 9h, na Praça da Piedade. Já em Fortaleza, a concentração será às 8h, na Praça da Imprensa Chanceler Edson Queiroz. À tarde, tem Roda de Conversa sobre a PEC 32, com a participação dos trabalhadores dos dois estados.
O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, falou sobre a importância da participação da categoria na greve do dia 18. “É uma quadra grave e difícil para os trabalhadores. A PEC 32 vai acabar com a carreira dos servidores. O governo não vai mais oxigenar funções para os serviços públicos, além de prejudicar também a população”.
Os prejuízos da Reforma Administrativa também foram pontuados pelo Coordenador da FASUBRA, Toninho Alves. Ele falou sobre as ações da Federação de enfretamento à PEC 32, a exemplo da reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e da possibilidade de uma greve das três esferas do serviço público, caso a proposta seja colocada em votação.
Toninho lembrou ainda das dificuldades de uma greve na pandemia, já que uma parte da categoria está em trabalho remoto e outra está na linha de frente do atendimento à população, mas considerou ser essencial dar uma resposta a Bolsonaro. O governo pretende votar a PEC 32 em plenário até o final de setembro. Por isso, a mobilização é essencial, inclusive com a sociedade.
Para tentar aprovar a reforma, Bolsonaro tenta convencer a sociedade de que servidor público é privilegiado. “É um argumento falacioso, enganador, muito característico desse governo negacionista e genocida”, afirma a Coordenadora da ASSUFBA, Adelmária Ione.
Para Ione, a PEC 32 é uma reforma de Estado porque mexe na Constituição de 1988, que é de bem estar social. Além de atingir a carreira e os cargos de direção e assessoramento, que são exclusivos para servidores públicos de carreira, conquista recente da categoria, de 2012, ainda no governo Dilma. Além disso, é um ataque à estabilidade do funcionalismo público, que é constitucional.
A Coordenadora do SINTUFCE, Ana Hérica Brasil, que representa os servidores do Ceará, reforçou que a categoria tem sido frequentemente atacada e por isso tem de fazer a defesa dos direitos. Ressaltou ser importante o debate com os trabalhadores e a população, também prejudicada com a PEC 32.
Informes
A Coordenadora do Sindicato, Adelmária Ione, falou ainda sobre a primeira eleição democrática da Reitoria da UNILAB, após 10 anos de gestões pro tempore. Para ela, agora sim a gestão da instituição terá a identidade dos Técnico-Administrativos em Educação.
O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, informou sobre o 5º Congresso Nacional da CTB, que acontece desta quinta-feira a sábado (12 a 14/08), para debater as estratégias de luta dos trabalhadores contra os ataques do governo Bolsonaro.
