Inflação é maior para os pobres, aponta pesquisa. País sofre com pobreza, desemprego e fome

A inflação dos alimentos, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atingiu 14,72% no acumulado de 12 meses, de julho do ano passado a julho deste ano. A maior parte da população sofre com a pobreza, o desemprego, a fome e a insegurança alimentar. Reflexo da agenda do governo Bolsonaro. 

O estudo ainda revela que a diferença entre a inflação dos 10% mais ricos e dos 10% mais pobres da população brasileira aumentou em julho. Foi o que mostrou o estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo os dados apurados, a diferença chegou a 0,69%, maior índice desde dezembro de 2020 (0,81%).

Ao analisar esse cenário, os pesquisadores do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) destacam como um fator potencializador a falta de políticas públicas que incidam o combate à fome e ao desalento que tomou conta do país. Sem investimento em geração de emprego e renda, o  Brasil amarga números cada vez maiores relacionados à fome e à pobreza.