Mulheres e crianças são vítimas do abandono de medidas efetivas do governo Bolsonaro

A política direcionada às mulheres exercida por Jair Bolsonaro não poderia ser positiva. Isto porque, embora o governante tente sempre se colocar como um “cidadão de bem”, as declarações machistas e misóginas ao longo da sua vida pública provam o contrário. Um dos públicos mais afetados pelo desgoverno são mulheres e crianças.
À frente da presidência da República, Bolsonaro não apenas deixou de avançar em políticas públicas para as mulheres como fez o Brasil regredir. Somente em 2021, foram registrados cerca de um estupro a cada dez minutos e um feminicídio a cada sete horas.
O nível do orçamento para a área despencou em relação aos anos anteriores. De acordo com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), os recursos previstos para o enfrentamento à violência contra a mulher para este ano é de pouco mais de R$ 43 milhões, valor inferior aos R$ 61 milhões em 2021.
Entre 2019 e 2020, primeiros anos do governo Bolsonaro, apenas metade do valor autorizado para políticas de enfrentamento à violência e promoção da autonomia foram executados. Os recursos ficaram em torno de R$ 15 milhões em cada um desses anos.
O governo também afeta diretamente a infância no Brasil, com a falta de medidas que de fato protejam as crianças e assegurem condições dignas de saúde, educação e desenvolvimento.
No Brasil de Bolsonaro, até final do ano passado, a estimativa é de que ao menos 18,8 milhões de crianças com até 14 anos passavam fome — em 2020, eram 9,4 milhões — e dessas, ao menos 9 milhões vivem em extrema pobreza, segundo dados da Fundação Abrinq.
Foto: Andréa Rêgo Barros/Fotos Públicas



