Descaso do governo federal com o funcionalismo público é refletido na queda recorde de despesa em 2022

Mesmo com a importância do serviço público, que foi destacada neste período pandêmico, a valorização dos profissionais da categoria é algo inexistente por parte do governo federal. Sem reajuste salarial, condições de trabalho precárias, falta de concursos públicos e o adiamento de precatórios, os gastos com o funcionalismo entraram em queda no ano de 2022.

As despesas reais com os servidores públicos federais ativos e inativos encerrou o primeiro semestre no menor nível em 14 anos.De acordo com dados reunídos pela Agência Brasil, com base nas estatísticas do Tesouro Nacional. De janeiro a junho, o Poder Executivo Federal desembolsou R$ 157,477 bilhões para pagar salários, aposentadorias e sentenças judiciais do funcionalismo, em valores atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Um espelho da falta de investimento no serviço público brasileiro.

Um dos fatores que mais influenciou para a queda foi o congelamento salário da categoria. O montante (R$ 157,477 bilhões) é o mais baixo para o primeiro semestre desde 2008, quando estava em R$ 139,733 bilhões, também em valores corrigidos pela inflação. O descaso reflete, inclusive, na população brasileira que necessita do atendimento do serviço público. Por um governo melhor para o funcionalismo público e para a sociedade.