Valorização do salário mínimo e o aumento de renda provocaram uma queda significativa na desigualdade do Brasil, aponta Índice de Gini

Segundo o boletim “Desigualdade nas Metrópoles”, elaborado em parceria com o INCT Observatório das Metrópoles, a PUC-RS Data Social e a rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedOdsal), o Brasil registrou uma queda considerável na pobreza nas regiões metropolitanas nos últimos cinco anos, saindo de 31,1% para 19,4%.
Esse avanço se deu por meio do crescimento da renda do trabalho e pela redução do desemprego, que retirou 9,5 milhões de pessoas dessa condição. Com isso, houve também uma diminuição expressiva da desigualdade social.
O Índice de Gini, que mede a concentração de renda em uma escala de 0 (mais igualdade) a 1 (mais desigualdade), confirmou essa melhora. Entre 2021 e 2024, nas regiões metropolitanas, onde vivem mais de 80 milhões de pessoas, o índice caiu de 0,565 para 0,534, o menor da série histórica.
Embora o programa Bolsa Família tenha influenciado na redução da pobreza e desigualdade, na avaliação dos pesquisadores, o aumento de renda foi o principal fator dessa transformação, principalmente com a valorização do salário mínimo.