Ansiedade e depressão, problemas intensificados pelo capitalismo

A ansiedade, considerada a “doença do século”, encontra no capitalismo um de seus maiores fomentadores. O sistema, baseado apenas na produtividade, consumo e competição, impõe ritmos de vida que ultrapassam os limites humanos, contribuindo diretamente para o aumento de transtornos mentais em escala global.
Desde a Revolução Industrial, a busca incessante por eficiência e lucro transformou o ser humano em uma ferramenta, exigindo jornadas exaustivas e privação de necessidades básicas, como descanso, lazer e conexões sociais.
Segundo a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), o Brasil tem o terceiro pior índice de saúde mental do mundo, que inclui 64 países.
Atualmente, a lógica capitalista permanece como uma fábrica de ansiedade, em que a cobrança por resultados, a precariedade no trabalho e a insegurança financeira sufocam milhões.
Para muitos, a ansiedade é uma reação às condições externas de um mundo que nunca desacelera. A necessidade de estar sempre disponível, seja no trabalho, nas redes sociais ou no consumo, cria uma sensação de inadequação constante.
Além disto, o capitalismo intensifica desigualdades sociais, tornando a ansiedade ainda mais prevalente entre os mais vulneráveis. Mulheres, pessoas negras, indígenas e LGBTs sofrem pressões adicionais por conta das discriminações estruturais que se somam às exigências do mercado.
A pergunta que fica é: até quando é possível aceitar um sistema que prioriza o lucro acima da saúde e da vida?