Brasil é considerado centro de excelência em pesquisa de matemática
Com a confirmação de sediar a Olimpíada Internacional de Matemática (IMO) em 2017 e o Congresso Internacional de Matemáticos (ICM) em 2018, o Brasil já é considerado um centro de excelência na pesquisa matemática mundial.
Para o diretor-geral do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), César Camacho, a escolha do país para sediar esses eventos, assim como a medalha Fields concedida a Artur Ávila em agosto, no ICM em Seul, são um reconhecimento da importância que o Brasil alcançou como produtor de matemática.
De acordo com Camacho, na classificação da União Matemática Internacional (IMU), o Brasil é considerado nota 4, numa escala que vai até 5 e analisa o número de pesquisadores e as contribuições do país para a ciência. Na América Latina, o Brasil é o mais bem colocado – os demais países recebem, no máximo, nota 2. Países como os Estados Unidos, a Alemanha, a Inglaterra e a França têm nota 5.
Instituição com 62 anos, o Impa se dedica à pesquisa da matemática no seu nível mais elevado e à formação de pesquisadores, com os programas de pós-graduação. O diretor explica que a matemática pode ser divida em duas grandes áreas: pura e aplicada. A primeira se dedica ao desenvolvimento da ciência matemática em si. Já a segunda se dedica a aplicar os conhecimentos matemáticos para a resolução de questões. Como exemplo, Camacho cita os estudos sobre as secções do cone iniciados pelos gregos 400 anos antes de Cristo, que só foram ter utilidade 2 mil anos depois.
Além da pesquisa e pós-graduação, o Impa também participa da organização da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) e oferece programas de capacitação de professores do ensino médio.
O Impa conta atualmente com 50 pesquisadores, sendo 19 estrangeiros, e 153 alunos de mestrado e doutorado, 40% vindos de outros países. No pós-doutorado, são 60 jovens pesquisadores, 60 estrangeiros. Em média são formados por ano 14 doutores e 20 mestres. Desde a fundação do instituto, foram formados 744 mestres e 401 doutores.
Com informações da Agência Brasil



