Centrais querem audiência com Dilma até o dia 17 para discutir o fim do fator

As centrais sindicais querem ser recebidas até o dia 17 de dezembro pela presidenta Dilma Rousseff para pedir que o governo federal ponha em votação ainda este ano o fim do fator previdenciário. O pedido de audiência foi entregue nesta terça-feira (4) por representantes da CTB, UGT e FS ao assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência, José Lopez Feijóo.

As centrais querem o fim do fator previdenciário e estão unidas em torno de uma emenda substitutiva ao projeto que cria a chamada Regra 85/95, em que o cálculo da aposentadoria passa a levar em conta a soma da idade com o tempo de contribuição até chegar a 85 para mulheres e 95 para homens. A regra integra um substitutivo que está na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara e que nunca foi votado.

Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, o governo insiste com um argumento que não é aceito pelas centrais sindicais: o fim do fator previdenciário e sua substituição pelo projeto apresentado pela Câmara Federal resultariam no rombo da Previdência. “Trata-se de uma ‘verdade’ que não corresponde à realidade. Sabemos que esse suposto déficit só existe porque o governo utiliza os recursos da Previdência em outros setores do Orçamento”, afirmou.

Mobilização

O dirigente afirmou que as centrais irão esperar por uma resposta do governo até o dia 17 de dezembro. “Caso até o final do ano não tenhamos uma posição clara, iremos começar 2013 mobilizados para ir às ruas”, adiantou.

Wagner Gomes afirma que, diante desse cenário de intransigência do governo federal, o fim do fator previdenciário pode até mesmo se tornar a principal bandeira de lutas das centrais no começo do ano. “Será preciso mostrar à presidenta que essa é uma pauta que interessa toda a sociedade. Vamos nos mobilizar nos estados e até mesmo fazer uma grande marcha até Brasília se for necessário, em defesa da Previdência Social, de melhores salários para os aposentados e contra essa herança neoliberal que é o fator previdenciário”, sustentou o presidente da CTB.

Fonte: portalctb.org.br