CPI da Pandemia: esquema de propina no Ministério da Saúde é novo alvo de investigação

A CPI da Pandemia começa a investigar esquema de propina no Ministério da Saúde (MS), iniciada em 2018 e com distribuição de até R$ 296 mil por mês ao líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR). Outros dois parlamentares também são investigados, mas não tiveram identidade revelada.

De acordo com reportagem do UOL, o pagamento ocorria com participação de políticos e servidores do MS pela VTCLog, empresa responsável pelo armazenamento e distribuição de vacinas.

A VTCLog começou sua atividade no governo ainda em 2018, quando Barros era ministro da Saúde. Segundo a reportagem, o esquema teria começado a funcionar prevendo distribuição de propina mensal pelos cinco anos seguintes. Ao todo, as suspeitas apontam que os desvios poderiam chegar a R$ 59,2 milhões, cerca de 10% do contrato assinado com a empresa.

Outro beneficiário da propina, ainda de acordo com a suspeita, é o ex-diretor de logística da pasta da Saúde, Roberto Ferreira Dias. Em seu depoimento à CPI, Dias mentiu e foi preso pela Comissão. Ele teria recebido R$ 99 mil reais mensais enquanto trabalhava no cargo.