Greve continua nas Universidades Federais na Bahia

Em assembleia, servidores debatem rumo da greve na Bahia

Em assembleia, servidores debatem rumo da greve na Bahia

Em assembleia na manhã desta quinta-feira (29/05), realizada no auditório da Faculdade de Arquitetura, servidores técnico-administrativos da UFBA aprovaram a continuidade da greve e o calendário com as próximas atividades de greve. Na ocasião, os trabalhadores decidiram pelo envio de Informe de Base ao Comando Nacional de Greve ratificando a unidade da categoria e solicitando o envio de avaliações e orientações sobre o movimento nacional.

A próxima assembleia está marcada para a quinta-feira (05/06), às 9h, na Faculdade de Arquitetura. É indispensável que os mais de 3 mil trabalhadores se mobilizem e participem do ato, que deverá definir os rumos do movimento por melhores condições de trabalho e salários.

Durante a assembleia, Renato Jorge Pinto, coordenador Geral da Assufba, informou aos presentes que houve pouco avanço na greve a nível nacional e que, na Bahia, nesta semana a agenda foi prejudicada por causa da paralisação dos rodoviários em Salvador. Ele falou também sobre a audiência com a reitora Prof. ª Dora Leal, quando foi tratada a questão dos Turnos Contínuos, para a qual o reitorado não sinaliza avanços na implantação da Comissão de Ajuste de Jornada-CAJ e a proposta de alteração do regimento do COM-HUPES.

Segundo ele, a questão dos Turnos Contínuos requer maior mobilização da categoria para assegurar a implantação no reitorado atual, já que o CNG pouco tem feito este debate elevando esse ponto à pauta nacional, pois não é uma reivindicação só das universidades federais na Bahia.

Eleição do COM-HUPES – O mandato do atual diretor pró-tempore se encerra em 31 de maio, sua substituição implica na indicação do novo diretor pró-tempore até que haja definição sobre as regras da eleição. A Assufba está acompanhando todo processo para cobrar deste novo diretor comprometimento em conduzir de forma transparente a eleição para sua sucessão. A reitora informou que foi convidado para o cargo o Prof. Dr. Marco Aurélio Salvino, nome pouco conhecido da comunidade do COM-HUPES.

A coordenadora Geral da Assufba, Cássia Maciel, convocou a categoria a fortalecer as atividades no HUPES e na MCO. “Nós precisamos lutar por melhorias nos hospitais. Precisamos dialogar sobre a precarização das estruturas do hospital”. Ela declarou ainda ser necessária a presença dos novos servidores nas assembleias e reconheceu que muitos não participam por estarem no estágio probatório e terem medo do assédio moral que poderão sofrer. Porém, a direção da Assufba alerta que o trabalhador não se intimide, denuncie o assédio ao sindicato e exerça seu direito de greve.

Comunicado ao CNG/Fasubra – Foi avaliado pela assembleia o último Informe Nacional de Greve da Fasubra, que traz apenas o ofício que foi enviado ao MEC, bem como as notícias sobre as últimas atividades.

A direção da Assufba apresentou à categoria a avaliação do Comando Local de Greve, que defende a necessidade urgente de definição dos rumos da greve nacionalmente com ganhos para categoria. Inicialmente, a proposta apresentada pelo MPOG foi rejeitada pelo movimento, sob protesto da Assufba, que entendia que devíamos garantir o que estava posto e buscar mais conquistas.

Agora, o CNG busca que o MPOG apresente nova proposta e este, de maneira intransigente e em total desrespeito à categoria, busca estender e extenuar o movimento alargando prazos para respostas e afirmando querer “discutir detalhes da pauta”.

Após avaliação, a assembleia, com mais de duzentos presentes, aprovou com apenas uma abstenção a continuidade da greve na base da Assufba e o envio ao CNG/Fasubra da síntese que segue:

1) A Assufba ratifica sua disposição histórica de luta e enfrentamento encaminhando em nossa base todas as deliberações do CNG/Fasubra;

2) Reconhecemos todos os esforços envidados pelo CNG/Fasubra, fortalecidos pelas bases, bem como por parlamentares, na busca da abertura de negociação;

3) O CLG indica que o CNG/Fasubra emita avaliação apontando as reais perspectivas da greve da Fasubra se atendo a nossa pauta específica, visto à forma incipiente com que se apresenta a configuração de uma greve do SPF e a extensão de nosso movimento que caminha para o terceiro mês;

4) Entendemos que a radicalização deve se dar primeiramente pela composição plena do CNG/Fasubra e com ações orientadas nacionalmente e encaminhadas pelas bases a partir de suas peculiaridades;

5) Diante da complexidade e sutilezas dos Hospitais Universitários entendemos que esta é uma área que requer estratégias específicas de enfrentamento e diálogo com a população;

6) Após avaliação das perspectivas pelo CNG/Fasubra, este deveria apontar rodadas de assembleias nas bases para discutir o rumo do movimento grevista e a posição da categoria sobre a possibilidade ou não de retorno unificado às atividades.

Fonte: Ascom Assufba Sindicato

Foto: Foco Filmes