“Queremos 40 horas semanais sem redução do salário, fim do fator previdenciário e as 30 horas para profissionais de enfermagem”, diz Alice no Dia Nacional de Luta

Deputada Federal Alice Portugal com os servidores da UFBA em passeata no Dia Nacional de Lutas. Foto: Assessoria da Deputada.
Em uma clara demonstração de força de mobilização, trabalhadores e trabalhadoras dos 26 estados do Brasil e do Distrito Federal, realizaram, nesta quinta-feira (11), manifestações com caminhadas, bloqueio de rodovias e greve geral por todo o País.
No Dia Nacional de Luta, de ponta a ponta do Brasil, centrais sindicais, estudantes, trabalhadores sem terra e outras lideranças sociais foram às ruas para chamar a atenção do governo federal para a Agenda da Classe Trabalhadora. Metroviários, bancários, metalúrgicos, funcionários públicos federais, judiciários federais, correios e construção civil foram algumas das categorias que aderiram à greve geral.
Entre as reivindicações, estão bandeiras como o fim do fator previdenciário e recuperação do poder de compra dos aposentados; jornada de 40 horas sem redução salarial; fim do Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização; mais investimentos em saúde e educação; reforma agrária; fim dos leilões do petróleo e transporte público de qualidade. Na Bahia, o piso salarial regional para o Estado, o fim da violência e genocídio da juventude negra e o combate à seca também foram incluídos na pauta de reivindicação.
Na capital baiana e em várias cidades do interior, rodoviários, bancários, servidores do judiciário, universidades públicas e outras categorias aderiram à paralisação. Em Salvador, os manifestantes se concentraram no Campo Grande a partir das 12h e marcharam empunhando faixas e bandeiras pela Avenida Sete de Setembro com destino à Praça Municipal, onde integrantes do Movimento Passe Livre participaram de audiência pública na Câmara de Vereadores. Bloqueios em rodovias foi outra estratégia usada pelos manifestantes para chamar a atenção para a agenda dos trabalhadores.
Única deputada federal presente na manifestação, Alice Portugal falou sobre a importância do recente movimento popular de brasileiros nas ruas para a ampliação das conquistas sociais obtidas na última década, mas lembrou que a “história não começou em junho”. A parlamentar considerou que a voz das ruas veio fortalecer uma luta que setores progressistas já travam diariamente por melhores condições de vida para os brasileiros.
Alice quer ampliação de conquistas sociais
Ao defender o socialismo, a deputada – que por mais de 15 anos foi dirigente da Assufba Sindicato e primeira mulher a integrar a Executiva Nacional da CUT – engrossou o coro dos companheiros sindicalistas. “Queremos 40 horas semanais sem redução do salário, fim do fator previdenciário e as 30 horas para profissionais de enfermagem”, bradou.
Alice comemorou ainda a vitória obtida no Congresso Nacional com a preservação dos 50% do fundo social do Pré-sal para a educação, posição defendida pela bancada do PCdoB. Com a aprovação, serão injetados aproximadamente R$ 2 bilhões no sistema público de ensino brasileiro. “Estou muito feliz, pois esta é a bandeira na minha vida”, festejou a deputada, ferrenha defensora dos 10% do PIB para a educação.
A manifestação contou ainda com a participação do deputado Estadual Álvaro Gomes, da vereadora Aladilce Souza – ambos do PCdoB – e do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT).
Veja como foi o Dia Nacional de Luta Brasil afora: http://goo.gl/2vhAR
De Salvador,
Susana Hamilton




