Investimento na educação bate recorde

Desde o início da expansão do neoliberalismo, o sistema escolar e as universidades sempre foram alvo de ataque. Pois, o principal motivo é a precarização para a formação de “capital humano”, que alimenta este sistema produtivo. E, para isso, é preciso ser feito desde cedo, muito jovem, para a fomentação do capitalismo.

Nos últimos anos, foi exatamente o que aconteceu. Durante o governo Bolsonaro, a precarização da educação fez parte da gestão, com a troca de cinco ministros da educação, escândalos de corrupção, ataques às universidades públicas, cortes de recursos e aumento da evasão escolar.

Com a chegada do governo Lula, o tratamento foi totalmente diferente. Segundo dados do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024, o Brasil registrou em 2022 o maior aumento de investimento em educação pública da última década. O montante investido chegou a R$ 490 bilhões, um crescimento de 23% em relação a 2021.

O valor inclui os gastos dos governos federal, estadual e municipal. O destaque foi para a educação básica, que recebeu 73,8% do total, equivalente a R$ 361 bilhões.

Os desafios, entretanto, permanecem evidentes. Dados do anuário apontam que, em média, o Brasil investiu cerca de US$ 3,5 mil por aluno em 2020, valor muito abaixo da média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que é de US$ 10,9 mil.