Coordenação de Aposentados da FASUBRA critica troca de ministros da Saúde em plena crise

Em uma rápida cerimônia, nesta quinta-feira 16 de abril, o presidente Bolsonaro entre assustado e petulante anunciou a troca de ministro da Saúde em plena pandemia do novo coronavírus – COVID-19. Sai Mandetta e entra Nelson Teich, em um momento em que o Brasil mesmo respeitando o isolamento social chega a quase 2000 mortos e 33.628 infectados – dados atualizados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (17/04).

O discurso do novo ministro Teich, tão vazio de ideias quanto de seu chefe Bolsonaro, não é nada animador. Ele negou a dicotomia entre a economia e a saúde em um País onde os profissionais de saúde não têm sequer Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para trabalhar, ventilou a possibilidade de fazer testes em massa, sabendo da dificuldade que o governo está tendo em adquirir produtos ligados à área de saúde no exterior, devido à concorrência. E o mais cruel: acenou com uma futura flexibilização do isolamento social, mesmo não tendo coragem de ir mais além agora.

O ministro Teich também é defensor de uma certa higienização humana. Em um vídeo de 2019, quando afirma que “na hora de escolher entre um jovem e um velho com problemas preexistentes, ele escolheria o jovem” e ajudaria o governo Bolsonaro a se livrar de uma aposentadoria, devemos lembrar aos jovens que os velhos são seus pais, mães, avós e avôs.

A barbárie de seu discurso condena idosos e pobres a negação do direito à saúde. O covid-19 afeta todos os grupos humanos, embora os idosos o sejam de forma mais grave. Mas para o governo Bolsonaro isso não tem importância, todos devem ter contato com a doença para se imunizarem, pois só vão morrer “alguns velhos”, como disse no início da pandemia. O presidente se comporta novamente de forma irresponsável e canalha. Será que para ele essa camada da população que o ajudou a ser eleito morrer não significa injustiça social?

A solidariedade nesse momento é fundamental, o governo Bolsonaro já deixou claro que vai entregar os idosos a própria sorte. Desde que tomou posse sua prática foi a de tirar direitos dos aposentados e agora quando minimiza a pandemia do coronavírus, indo contra o mundo inteiro e a OMS (Organização Mundial de Saúde), ele aposta na morte de parcela da população para não precisar mais pagar seus parcos direitos.

A FASUBRA Sindical, por meio de sua Coordenação de Aposentados, alerta a todos os companheiros(as) da base, principalmente os aposentados(as), para que desobedeçam ao presidente e permaneçam em isolamento social. Os colegas devem sair apenas para o necessário e quando sair sempre fazer uso de máscara, álcool gel ou lavar bem as mãos e, a qualquer sinal da doença, ter muito cuidado para não passar para toda a família.

Também alertamos a todos(as) para que, mesmo em isolamento, continuem a fazer a resistência, por meio de manifestações nas janelas e nas redes sociais, como Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp.

Se cada um, uma vez por dia, fizer uma publicação esse governo não aguenta.

Se cuide e faça sua parte: o Brasil precisa de todos(as) nós!

Coordenação de Aposentados e Assuntos de Aposentadoria da FASUBRA Sindical.

#ForaBolsonarEMourão

Fonte: FASUBRA