Márcio Valverde, que também é TAE da UNILAB, lança EP no dia 20 de maio e fala sobre a arte no serviço público

Em entrevista à ASSUFBA, o Técnico-Administrativo em Educação no Campus dos Malês, na UNILAB, em São Francisco do Conde, falou sobre a sua carreira artística e a dificuldade de expressar a arte no serviço público.

 

ASSUFBA: Márcio, você é Técnico Administrativo em Educação no Campus dos Malês, na UNILAB, e paralelamente é violonista, cantor e compositor. Como é para você fazer arte enquanto servidor público?

 

Márcio Valverde: Antes de ser servidor, faço arte a vida inteira. Tenho uns 20 de serviço público: oito anos como servidor técnico e 12 anos atuando como professor nas redes pública e particular. Nunca deixei de compor, de tocar e produzir arte. Sempre convivi paralelamente com as duas coisas. Infelizmente, nem todos conseguem viver exclusivamente do que ama.

 

ASSUFBA: Conte-nos um pouco como você começou a sua carreira musical e quando ingressou no serviço público.

 

Márcio Valverde: Componho, toco e canto desde os 13 anos de idade. A música me arrebatou desde cedo. Aos 16 anos já tocava em barzinho, fazia direção musical em peças de teatro, tudo isso em Santo Amaro na década de 80. Na década de 90 lancei o meu primeiro CD “Bússola”, fruto de um prêmio recebido através de concurso realizado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia como melhor compositor. E nas décadas seguintes lancei os álbuns “Todosamba”, “Samba Nunca é Demais” e “Do Tamanho do Mar”. Além de ter produzido diversos trabalhos musicais, como O Terno do Meu Avô (Nélio Rosa), Olhos de Pagu e Valsas Morenas (Lívia Milena) e Belpa, além de produzir diversos singles. Ingressei no serviço público federal em 2014, aos 45 anos de idade.

 

ASSUFBA: É possível expressar a arte no ambiente do funcionalismo público?

 

Márcio Valverde: É muito difícil expressar a sua arte no serviço público. O servidor é engessado pela burocracia que em nada se aproxima da arte. É preciso estar vigilante para não sucumbir ao processo maquinal e de invisibilidade que sofre o servidor. Isso deveria ser menos impactante dentro das universidades públicas, mas infelizmente, não é isso que acontece.

 

ASSUFBA: Você já foi gravado por grandes artistas, como Maria Bethânia, Teresa Cristina e Targino Gondim. De onde vem a inspiração para compor?

 

Márcio Valverde: Compor é um trabalho diário, contínuo e ininterrupto. Faço isso há quase 40 anos, esse é o meu ofício. O resto é somente forma de sobrevivência. Antes de tudo, respiro música e arte, o mais é consequência disto. Como diz o mestre Paulinho da Viola: “Quando surge a luz da criação no pensamento, ele trata com ternura o sofrimento e afasta a solidão. E finalmente: “Cantando eu mando a tristeza embora”. Ser gravado por grandes artistas para mim é um sinal de que tudo que eu e meus parceiros fizemos, de alguma forma, frutificou.

 

ASSUFBA:   No dia 20 de maio você lança o EP Recado, seu quinto trabalho autoral. Fale um pouco sobre o EP e quais são as suas expectativas?

 

Márcio Valverde: Recado é o meu quinto trabalho autoral. O EP de pop-rock é composto de seis faixas: Amantes ao Léu, em parceria com Carlos Laet, e que tem a participação especial da cantora Lívia Milena; Recado e Tarde Finda, em parceria com Nélio Rosa; Ninguém, em parceria com Nelson Elias; Ainda Sim, com Marcos Carvalho; e Promessa de Felicidade, em parceria com Chico Porto e Lívia Milena, e que tem a participação especial da cantora Stella Maris. O multinstrumentista Leo Valverde assina os arranjos e a direção do EP. Lançar mais um trabalho me traz muita felicidade. Espero que as pessoas ouçam. Que sejam garrafas ao mar e que cumpram o seu destino.

 

Serviço: Lançamento do EP Recado

20 de maio 2022, às 22h

 

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