Brasil bate novo recorde em informalidade: dados mostram 24,4 milhões de pessoas por conta própria

Dados do trimestre, encerrado no fim de outubro, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que a quantidade de trabalhadores por conta própria e sem carteira assinada bateu novo recorde no Brasil, com 24,4 milhões de pessoas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua)

A PNAD Contínua, divulgada na última sexta-feira (29/11), aponta uma alta na informalidade de 3,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Só no setor privado, o número de trabalhadores sem carteira assinada chegou a 11,9 milhões de pessoas, batendo também o recorde em relação ao período de 2018, com 2,4% a mais. No total, 38,8 milhões de trabalhadores se encontram nessas condições.

A taxa de desemprego diminuiu apenas 0,2% em comparação ao trimestre anterior (encerrado em julho), antes de 11,8%. Segundo a pesquisa, no final de outubro foram contabilizados 11,6% de desempregados, mantendo assim certa estabilidade.

De acordo com a pesquisa, o número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) caiu 4,5% em relação ao trimestre anterior, isso por que o número de procura por emprego aumentou, sendo 12,4 milhões de brasileiros procurando emprego no trimestre.

O IBGE apontou ainda que população ocupada do país é de 94,1 milhões, uma alta de 0,5% em relação ao trimestre anterior, e 1,6% se comparado com o mesmo trimestre de 2018.

A PNAD Contínua foi realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. Para o IBGE, são considerados desempregados quem não têm trabalho e procurou algum entre 30 dias da semana em que os dados foram contabilizados.