No Dia da Consciência Negra, ASSUFBA reforça luta por igualdade

Para a ASSUFBA, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, data em que foi assassinado, em 1695, o líder Zumbi, do Quilombo dos Palmares, é mais uma oportunidade de reforçar a luta contra o racismo e a opressão no Brasil.

Para garantir igualdade entre negros e brancos, o país precisa garantir a aplicação e ampliar as políticas afirmativas, a exemplo da Lei 12.711/12, conhecida como Lei de Cotas, que completa 10 anos e reserva percentual de vagas em instituições de ensino federais para grupos que foram excluídos destes espaços ao longo da história. A legislação deve ser reavaliada este ano.

Apesar dos avanços, é preciso caminhar muito mais para que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades. O racismo estrutural ainda é muito presente. Os dados do IBGE falam por si só. Em 2021, os pretos eram 34,5% da população pobre no país, os pardos 38,4% e os brancos 18,6%.

O mercado de trabalho desigual é outro exemplo. A taxa de desemprego entre os brancos no ano passado era de 11,3%. Já a população negra tem índice de 16,5% e os pardos 16,2%.

Diante da realidade, o Sindicato lembra que é preciso instituir ações de reconhecimento, reparação e valorização nos negros no Brasil, inclusive políticas antirracistas nas universidades. Também é necessário descontruir as formas de pensar e agir, que ao longo do tempo foram naturalizadas na relação entre pessoas brancas e negras.