Agronegócio produz alimentos, mas contribui com a fome no Brasil

💀 Em 2021, estima-se que 19,3 milhões de brasileiros tenham passado mais de 24h sem a certeza de que iam conseguir se alimentar ao menos uma vez por dia, critério para definir a “insegurança alimentar grave”, ou seja, a fome.

😡 No período, ainda havia 116,8 milhões de brasileiros sob “insegurança alimentar”, estágio não tão agudo quanto a fome, mas em que ainda não há garantia de condições plenas de alimentação.

😥 Com parte da produção de alimentos destinada à exportação, o chamado “agronegócio” colabora com essa situação crítica, demonstra o estudo O Agro não é tech, o Agro não é pop e muito menos tudo, da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra).

🌍 A pesquisa aponta que o agro contribui pouco com o PIB, é custoso para o Estado, gera poucos empregos e devasta o meio ambiente. O agro também é altamente concentrador de renda (em proporção a outras atividades, poucas pessoas ganham muito dinheiro).

😭 Até a pororoca do rio Araguari (encontro das águas dos rios com a do oceano), no Amapá, que era famosa em todo o mundo por produzir ondas de até 10 km, deixou de existir por ação da agropecuária.

Além disso é um setor avesso à modernização das concepções, com muita dificuldade para implementar massivamente um modelo lúcido e racional, como pecuária legal, agricultura de baixo carbono, movimento selo verde etc.

👎 Com isso, o agro contribui decisivamente para o aumento da desigualdade, para a desindustrialização e para a “reprimarização” de nossa economia, que fica presa à produção de matérias-primas e importação de bens produzidos em outros países.

É impossível cuidar do essencial, a vida, priorizando o agronegócio em detrimento da população!