Anistia Internacional aponta que Brasil continuou a retroceder nos direitos humanos sob gestão Bolsonaro

A Anistia Internacional aponta em relatório retrocesso nos direitos humanos (educação, meio ambiente e no combate à fome) sob governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2021, além da má-gestão do presidente na pandemia. O ano de 2021 foi o retrato sombrio no “período prolongado de instabilidade e crise” que o Brasil vem atravessando.

A esperança era que em 2021 o mundo superaria a pandemia de forma equitativa, mas o que realmente aconteceu foi grande desigualdade na distribuição de vacinas. Para piorar, alguns líderes aproveitaram o difícil momento para restringir a liberdade de expressão. Uma arbitrariedade. 

Além disso, a Anistia Internacional apontou outra situação grave: o aumento da insegurança alimentar no Brasil. Com a redução do auxílio emergencial, a pobreza extrema cresceu, atingindo mais as mulheres negras. Também foi citada no relatório a educação, com ênfase na elevação das taxas de evasão escolar em 2021, devido a problemas do ensino remoto adotado durante a pandemia, como falta de acesso à internet e de equipamentos.

A violência também chamou a atenção, pois o Brasil foi o quarto país com o maior número de assassinatos de líderes ambientais e defensores do direito à terra no mundo. E para finalizar, a Anistia Internacional mencionou os péssimos resultados ambientais. Só no mês de agosto, a Amazônia brasileira teve a maior taxa de desmatamento em 10 anos.