Arrocho e Congelamento continuam… Não tem Reposição Salarial no ano que vem

O Governo Lula anunciou durante a reunião com os Representantes da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) nesta segunda-feira (18/12) que não dará reajustes salariais aos servidores públicos federais em 2024.

A Fasubra participou da reunião, que teve como porta-voz do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), o Sr. José Lopez Feijó. Em sua justificativa, Feijó disse que as “dificuldades orçamentárias” não permitem avançar com a pauta de incremento salarial em 2024, deixando claro que não haverá reajuste. Um absurdo.

Para minimizar, ele informou que o plano do Governo é aumentar os valores do auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil, o auxílio saúde de R$ 144 para R$ 215 e o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90 representando 51,06% de aumento nos auxílios. A previsão é de que os reajustes sejam feitos a partir de maio de 2024, com repercussão no início de junho. Além disso, ele aventou um percentual de 9% em dois anos, ou seja, 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.

PERDAS SALARIAIS

Sem reajuste salarial desde 2017 e com perdas salariais acumuladas nos últimos anos, os Servidores Públicos Federais chegaram ao índice de 55% no governo Bolsonaro, que colocou o funcionalismo no maior arrocho salarial da história. Com a vitória de Lula no começo de 2023, Governo e categoria começaram suas mobilizações pela Recomposição Salarial, incluindo a entrega de documento com as reivindicações da Campanha Salarial de 2024.

O governo vem empurrando as negociações com a barriga, e no segundo semestre deste ano fez um “afago” concedendo 9% de reajuste emergencial oriundo do recurso de 11 bilhões que Bolsonaro deixou separado para as carreiras policiais. Esse valor não cobriu os anos de arrocho salarial, o que exige que a categoria intensifique as mobilizações.

A proposta insatisfatória apresentada nesta segunda-feira é uma provocação e aponta para um “estado de greve em 2024,” que será discutido entre a categoria dos(as) TÉCNICO(A)-ADMINISTRATIVOS(AS) EM EDUCAÇÃO, que além do quadro negativo citado, é a categoria com o menor salário do Executivo Federal.