Assufba 36 anos: A contribuição do Sindicato na vida profissional dos técnico-administrativos

Há 12 anos na UFBA, a técnica-administrativa Cássia Virginia Maciel tem uma importante história na Assufba, que completou 36 anos de fundação no dia 1º de dezembro. De 2008 a 2014, fez parte da coordenação do Sindicato e, segundo a servidora, os anos dedicados à entidade foram fundamentais na trajetória.

“A Assufba é um Sindicato extremamente relevante, com uma atuação política fortíssima, e tem protagonismo em várias lutas, tanto no Estado, como no Brasil. O período em que esteve à frente da coordenação de Comunicação da entidade me orgulha e me honra muito”, exclama Cássia.

A história de vida da servidora é de aprendizado e crescimento. Em 2014, com a eleição do professor João Carlos Salles como reitor da UFBA, foi convidada para assumir a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil, órgão componente da Administração Central, responsável por elaborar, planejar e acompanhar as políticas para a área.

dsc_0119

Para Cássia, é um reconhecimento do reitor da capacidade dos técnico-administraitivos estarem em locais estratégicos de gestão. “Enquanto servidora, ocupar uma Pró-Reitoria dessa envergadura é algo muito importante para nossa categoria porque historicamente temos contribuído em várias frentes. Sabemos que uma Universidade inclusiva, acolhedora, precisa ter uma política efetiva de ações afirmativas, para dar conta da diversidade dos tecidos que nos compõe”.

A Pró-Reitora lembra que a experiência que adquiriu na Assufba é um fator positivo que ajuda no desenvolvimento do cargo e das atividades. “É um orgulho muito grande estar nesse espaço e poder participar dando uma contribuição que tem uma marca muito forte do que foi a minha trajetória política depois de entrar na Assufba. Eu trago muito do conhecimento que desenvolvi junto com a militância no movimento sindical”.

E por falar em história de luta, Cássia Virginia faz uma visita ao passado e recorda duas das bandeiras levantadas pela Assufba: o posicionamento contrário à implementação da Ebserh e a mobilização pela implantação dos Turnos Contínuos.

“Em relação à Ebserh, foi uma batalha que travamos dentro do Conselho Universitário a partir das nossas representações porque entendíamos que a administração dos Hospitais Universitários por uma empresa, mesmo que estatal, mas de direito privado, traria consequências nefastas, tanto para os trabalhadores quanto para o tipo de serviço que é prestado, de ensino, pesquisa e extensão, que produz conhecimento estratégico sobre saúde para o nosso país”. E essa é uma questão que não se esgotou. A luta contra os impactos negativos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares para os trabalhadores continua.

alice_portugal_cassia-virginia

A implantação é uma demanda antiga, mas atual ao mesmo tempo. “A Assufba desde a fundação, já tinha desenvolvido outras campanhas em relação à jornada de trabalho. No momento de concentração, fizemos uma pressão muito forte, de maneira organizada. Apresentamos uma contribuição extremamente qualificada com a construção de documentos argumentando o porquê da implementação de jornada. Elaboramos estudos sobre os desdobramentos da medida para a UFBA e com essa atuação da Assufba conseguimos a implementação de uma resolução de Turnos Contínuos na Universidade, que está ainda em fase de implementação, mas dá amparo legal para a jornada de 6 horas na UFBA”.

As vitórias ao longo dos anos são muitas. Os desafios, no entanto, continuam, sobretudo, diante da difícil conjuntura política do país. “A Assufba cumpre o seu papel de maneira brilhante, aguerrida, organizando a categoria, chamando para o enfrentamento desse momento que vivemos. É um alento para diversos setores da sociedade saber que as Universidades Federais da Bahia conta com essa trincheira de luta que é o Sindicato dos técnico-administrativos, que sempre esteve, desde o momento da sua criação, em defesa das instituições.