Auxílio Brasil é um poço de inseguranças para a população brasileira

O novo programa social do governo federal, o Auxílio Brasil, que substitui o bem sucedido Bolsa Família, é cercado por dúvidas. Uma análise feita pelo diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto, aponta que o auxílio ainda não tem previsão orçamentária garantida. Isto, consequentemente, aumenta a insegurança para a população brasileira, que enfrenta diversas crises e alta de preços. 

“Não só não há definição, como há um desmonte da estrutura tão bem-sucedida do Bolsa Família. É lamentável”, disse Fausto, em entrevista a Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual. Para ele, trata-se de uma proposta “eleitoreira”, que revela o desprezo do atual governo com o social.

O programa social, diferentemente do Bolsa Família, tem sido cantado como um benefício para a população, mas esconde o cunho eleitoral para o próximo ano. Este foi um dos detalhes apontados por Fausto. “Após o ano eleitoral, a depender do que possa acontecer, simplesmente essas pessoas ficarão com mais dificuldades ainda”, destacou.

Além disso, a cobertura do novo programa também é insuficiente. No mês passado, foram 39 milhões de famílias que receberam a última parcela do auxílio emergencial, enquanto o Auxílio Brasil deve atender a apenas 17 milhões de famílias.