Brasil apresenta grandes desafios na Educação para próximo presidente

A educação brasileira encontra alguns entraves clássicos ainda. A próxima presidência da República deve garantir a qualidade do ensino impulsionando investimentos em áreas distintas, como no ensino médio, tornando-o mais inclusivo e atrativo. Também deve ampliar o acesso à educação básica, além de financiar de forma mais contundente o ensino superior, o que inclui a melhora na formação de docentes.

Na educação básica verifica-se uma cobertura grande que representa uma evolução histórica. São 48 milhões de estudantes matriculados, mas 2,5 milhões não frequentam as salas de aula. As redes públicas e privadas atendem a 96,4% das crianças e adolescentes brasileiros. Em 1970 eram apenas 48%.

O país tem conseguido ao longo dos últimos anos cumprir as metas estipuladas apenas até o 5º anos do ensino fundamental, pelo índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O mesmo não acontece no ensino médio, a meta não é cumprida desde 2013.

O MEC informa o preocupante resultado de que ao final do ensino médio, sete em cada dez estudantes não aprendem o básico de português. Em matemática, apenas 4,5% dos estudantes alcançam um nível de aprendizagem adequado em matemática.

Para o ensino superior, o grande desafio ainda é a ampliação do acesso. O Plano Nacional de Educação (PNE), em vigor des 2014, coloca como meta que o número de estudantes matriculados, levando em consideração a população entre 18 e 24 anos, deve ser de 50%. Esse índice hoje é de 34,6%. E o número vem caindo nos últimos anos após a crise no país.

As universidade públicas sofrem com os baixos orçamentos frente a ampliação de vagas, reitores de todo o Brasil reclamam da ausência de investimentos. Os recursos previstos para investimentos em 2018 caíram para quase um quarto do que eram em 2013.