Brasil de mal a pior. Com preços nas alturas, se alimentar tem sido cada vez mais difícil

Com os preços dos alimentos tão altos, encher o carrinho de supermercado está cada vez mais difícil. Para se ter ideia, em maio deste ano, um trabalhador comprava 100 itens no mercado por R$ 500,00. O mesmo valor em junho passou a pagar apenas 80 produtos. Em julho a situação piorou, apenas 50 itens foram levados para casa. 

Mesmo com a queda de 1,13% no Índice de Preços ao Consumidor, puxada pela queda no valor da gasolina, os alimentos continuam caríssimos. A população mais pobre é a que mais sofre. Quem ganha um salário mínimo (R$ 1.212,00) tem de comprometer boa parte da renda com a alimentação. 

Não é à toa que, em sete meses, o número de famílias de Salvador que procuraram atendimentos do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) já é maior do que em 2021. Neste ano, 179 mil famílias já foram beneficiadas. No total, 275 mil famílias recebem o Auxílio Brasil na capital baiana, das quais 253 mil se encaixam no índice de extrema pobreza, ou seja, quem tem renda de até R$ 105,00 por pessoa. 

A política ultraliberal de Jair Bolsonaro, que faz crescer a carestia no Brasil, faz com que muitas famílias pobres tenham de disputar restos de alimentos e ossos para “se alimentar”.