Brasil tem alto índice de trabalhadores em condições vulneráveis de emprego

De acordo com o ranking de mobilidade social, apresentado pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 60ª posição entre os 82 países registrados. Os dados apenas comprovam as dificuldades enfrentadas pelas famílias mais pobres do país em relação ao crescimento social.

A pior nota do Brasil foi em “Distribuição Justa de Salários”. Medido pelo Índice Global de Mobilidade Social, são levadas em consideração 10 bases: qualidade e equidade da educação; acesso à educação; saúde; instituições inclusivas; proteção social; condições de trabalho; distribuição justa de salários, oportunidades de trabalho; acesso à tecnologia; aprendizado ao longo da vida. Os países no topo da lista são: Finlândia, Noruega, Suécia, Dinamarca e Islândia.

Entre os países do BRICS (termo utilizado para coordenação política entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Rússia e China lideram na 39ª e 45ª posição, respectivamente, do ranking geral.

A nota final do Brasil no relatório do Fórum foi 52,1. Com nota máxima de 100, a maior pontuação contabilizada foi de 85,2. Dentre as categorias requisitadas, o Fórum Econômico aponta a existência de baixos salários no mercado de trabalho, além da alta ocorrência de trabalhadores em condições vulneráveis de emprego (27,4%). Outro grande registro no país é a quantidade de jovens que não trabalham e nem estudam (24,1%).

Outro cálculo feito é o de quantas gerações, uma família de baixa renda, atingiria a renda média da sociedade. Em comparação com a Dinamarca, onde apenas duas gerações (cerca de 20 anos) se fazem necessárias, no Brasil após nove gerações (cerca de 90 anos) uma família alcançaria a renda média.

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