Casos de feminicídio sobem pelo segundo ano consecutivo no Brasil; crescimento chega a 7,3%

O Brasil registrou o crescimento da violência, do machismo e da falta de humanidade contra as mulheres. Em 2019, foram registrados 1.314 casos de feminicídio – crimes de ódio motivados pela condição de gênero. Este total representa um crescimento de 7,3% do crime.

Enquanto o número de homicídios dolosos contra as mulheres teve queda de 14,1%, entre os 26 estados e Distrito Federal, a quantidade de feminicídios aumentaram 7,3% de 2018 para 2019. O registro revela que é o segundo ano seguido onde os números de homicídios caem e os de feminicídios aumentam. O levantamento foi realizado pelo jornal G1, em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Desde 2018 é feita a pesquisa sobre feminicídios, e a partir dela foi apontado que: os 1.314 casos é o maior número já registrado desde que a lei entrou em vigor, em 2015; 8 estados registraram alta no número de homicídios de mulheres; 16 estados contabilizaram mais vítimas de feminicídios de um ano para o outro; o Acre é o que tem o maior índice de homicídios de mulheres (7 a cada 100 mil); e  o Acre e Alagoas são os estados com a maior taxa de feminicídios: 2,5 a cada 100 mil.

A legislação vigente desde 2015 prevê penalidades mais graves que as impostas para os casos de homicídios. Se for comprovado que a vitima sofreu de “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”, a denúncia será classificada como feminicídio. 

Todos os casos de homicídio contra a mulher são tratados primeiramente como feminicidio. Eles serão classificados ou não como crime contra o gênero apenas finalização das investigações.