Centrais sindicais se reúnem para construir calendário de mobilização nacional

A movimentação contra a reforma da Previdência pelos movimentos social e sindical. Nesta terça-feira (26/02), as centrais sindicais se reúnem para construir o calendário de mobilização nacional.  

Na agenda já estão propostos atos públicos e protestos nos locais de trabalho, além de uma ampla campanha de conscientização da população sobre a gravidade da proposta de reforma da Presidência do governo Jair Bolsonaro.

Na Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, ocorrida na última quarta-feira (20/02), foi tirada a deliberação da construção do calendário de mobilização nacional. Ficou definido através do manifesto unificado, lançado na reunião, a definição de um dia nacional de lutas e mobilizações em defesa das aposentadorias e da Previdência.  

Os dias 8 de março – Dia Internacional da Mulher – e 1º de Maio – Dia Internacional do Trabalhador – também foram definidos como datas de mobilização unificada contra a reforma.

A reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro é pior que a do governo golpista ultraliberal de Michel Temer. O governo federal não dialogou com as centrais ou representantes dos movimentos sindicais para construção da proposta enviada na última quarta-feira ao Congresso Nacional.

Segundo a proposta de Bolsonaro, idealizada principalmente pelo economista Paulo Guedes, nenhum trabalhador poderá se aposentar antes de completar 65 anos para os homens e 62 anos para mulheres.  

Outra medida é o fim da aposentadoria  por tempo de contribuição, mas o tempo de contribuição mínima será elevado de 15 para 25 anos e o trabalhador terá de pagar pelo menos 40 anos para conseguir 100% do valor da aposentadoria.

Na Plenária Nacional, do dia 20, na Praça da Sé, em São Paulo, estiveram presentes representações sindicais e movimentos de várias partes do país, ainda contou com cerca de 10 mil manifestantes. O recado foi dado: vai ter muita luta para impedir que o governo ataque a aposentadoria e a Previdência Social.