Classe trabalhadora é a mais atingidas pela pandemia, revela levantamento do Dieese

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou um levantamento que revela que os desligamentos por morte de trabalhadores formais cresceram 71,6% no país, entre o primeiro trimestre de 2021 e igual período do ano anterior. Os dados foram coletados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Os contratos de trabalho encerrados por óbitos cresceram, em números absolutos, de 13,2 mil nos três primeiros meses do ano passado, para 22,6 mil no mesmo período de 2021. Entre enfermeiros e médicos, a linha de frente contra a Covid-19, a ampliação dos desligamentos por óbito chegou a 116,0% e 204,0%, respectivamente. Englobando todas as atividades de atenção à saúde humana, o registro aumentou 75,9% na média de letalidade. 

As atividades econômicas que apresentaram maior crescimento no número de desligamentos por morte são: educação (106,7%), transporte, armazenagem e correio (95,2%), atividades administrativas e serviços complementares (78,7%) e saúde humana e serviços sociais (71,7%). Segundo o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, esses números mostram que a pandemia tem atingido diretamente a classe trabalhadora.