Com auditório lotado, seminário discute reformas de Temer e aponta caminhos de resistência

Os técnico-administrativos em Educação das Universidades Federais da Bahia lotaram o auditório da Faculdade de Arquitetura, durante o Seminário “A luta contra o golpe e as reformas ultraliberais de Temer”, promovido pela deputada federal Alice Portugal, na noite desta segunda-feira (17/04).

O evento contou também com a presença de estudantes e integrantes de movimentos social e sindical, além de autoridades como a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e o procurador Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça no governo da presidenta Dilma Rousseff, que compuseram a mesa da atividade juntamente com o coordenador geral da Assufba, Renato Jorge.

A escolha da data não foi por acaso. Isso porque no dia 17 de março completou um ano em que aconteceu a sessão da Câmara dos Deputados na qual os  parlamentares votaram pela abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.

“Um ano do impeachment fraudulento. Naquele dia, um domingo, se viu pela TV os deputados votarem pelo pai, pelo filho. Eles não votaram pela verdade, pelo povo brasileiro, pela democracia. Agora, estamos enfrentando o golpe na sua essência. A alma do golpe está encrustada na reforma da previdência, na reforma trabalhista, na perda de direitos”, justificou a deputada federal Alice Portugal.

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Para o procurador Eugênio Aragão, as reformas impostas pelo governo corrupto de Michel Temer já estavam no ‘script’ do golpe e fazem parte do que chamou de negociatocracia. “As pessoas chegaram ao poder para fazer bons negócios para si. Como os senhores sabem, negociata é aquele grande negócio de que você não fez parte. Um exemplo é a reforma da previdência. Quem acha que o desejo honesto desse governo é poupar para as próximas décadas?”, questionou.

Jandira Feghali, que se tornou um dos principais ícones da luta contra o impeachment, destacou que é preciso que os setores progressistas se unam, em uma grande frente de esquerda, e que as mobilizações de rua sejam intensificadas.

Uma grande oportunidade para demonstrar a insatisfação contra as medidas que vêm sendo tomadas no país, com  o intuito de retirar os direitos dos trabalhadores, é no dia 28 de abril, quando acontece em todo o país o dia da Greve Geral.