Contraproposta da Fasubra será analisada pelo governo

O Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra Sindical apresentou na tarde da quinta-feira (10/9), a contraproposta referente às negociações da greve, em reunião na sede do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), com a presença do secretário Sérgio Mendonça e do assessor de gabinete Vladimir Nepomuceno, da Secretaria de Relações de Trabalho (SRT).

Também participaram da reunião a equipe da Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC), discutindo itens da pauta geral, econômica e específica da categoria. Parte do Comando Nacional de Greve permaneceu em vigília em frente ao prédio.

Após a leitura dos 14 pontos da contraproposta da Fasubra, entre eles o índice de reajuste de 9,5% em 2016 e 5,5% em 2017, Mendonça acenou que há possibilidade de recuar para o acordo de dois anos, “atendendo o pleito de várias entidades nas reuniões gerais e específicas”. “Os outros pontos teremos que analisar”, afirmou o secretário.

A resposta será apresentada possivelmente no dia 16 de setembro e durante a reunião serão realizados os ajustes na redação da minuta de acordo. Sobre o prazo das negociações, Mendonça afirmou que a conclusão do processo de acordo será no dia 18 de setembro.

Sem corte de ponto

Nepomuceno informou que, na quinta-feira (10/9), “o governo enviou um documento com orientação para todos os secretários do Executivo realizarem o corte de ponto”.  A Fasubra perguntou se aconteceria o corte com os técnicos e criticou duramente a posição do governo durante a negociação, em que o atraso na solução do processo seria do próprio governo.

Destacou ainda que a federação recebeu na tarde da quarta (9), o documento do MEC assinado pela SESu que garante ao final das negociações o não corte de ponto. O governo entende que existe a questão da autonomia universitária e que o MEC tem uma posição oficial sobre o corte de ponto. A Fasubra informou, ainda, que existe uma ação judicial no Supremo Tribunal de Justiça, que proíbe o corte de ponto dos trabalhadores técnico-administrativos.

O debate sobre a democratização será discutido na próxima semana (15) em agenda com o MEC, adicionando o que já foi discutido desde 2012; a Federação também cobrará posicionamento referente aos prazos. Na sexta (11), o CNG se reuniu pela manhã para discutir a agenda da próxima semana.

Greve forte

O movimento paredista passa dos 100 dias e a intensa busca de diálogo com o governo federal revela a força da categoria, que resiste às ofensivas da imprensa conservadora que, insiste em divulgar apenas um lado dos problemas nas instituições imputados à greve. Neste sentido, a assessoria de Imprensa da Fasubra tem, sistematicamente, enviado notas à mídia, buscando restabelecer as verdades dos fatos e explicando as motivações dos trabalhadores para permanecerem com suas atividades paralisadas, durante todo esse período.

Fasubra