Desemprego atingiu mais de 450 mil trabalhadores na RMS em 2016

As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS) – realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), em parceria com a Setre, a Fundação Seade e o Dieese – mostram que, em 2016, o contingente de desempregados foi estimado em 456 mil pessoas, aumento de 111 mil pessoas em relação a 2015.

Esse cenário foi resultado do declínio no número de postos de trabalho (-64 mil ou -4,3%) e do acréscimo da População Economicamente Ativa – PEA (47 mil ou 2,5%). No ano em análise, a taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – aumentou, passando de 56,9% para 57,3%.

A taxa de desemprego total aumentou, ao passar de 18,7%, em 2015, para 24,1%, em 2016. No período analisado, houve aumento da taxa de desemprego aberto (de 13,6% para 17,1%) e oculto (de 5,0% para 7,0%). Entre as componentes desta última, a taxa de desemprego oculto pelo trabalho precário elevou-se de 4,4% para 6,3%, e pelo desalento variou de 0,6% para 0,7%.

O desempenho do nível ocupacional refletiu as retrações nos Serviços (-3,2% ou -30 mil postos de trabalho), na Indústria de transformação (-12,2% ou -15 mil), na Construção (-9,6% ou -12 mil) e, em menor proporção, no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,4% ou -7 mil).

Na análise por posição na ocupação, observou-se que o contingente de assalariados diminuiu (60 mil postos de trabalho ou-5,8%), resultado do declínio do emprego no setor privado (-39 mil ou -4,4%) e no setor público (-21 mil ou -14,1%). No segmento privado, reduziu-se o assalariamento com carteira de trabalho assinada (-35 mil postos ou -4,5%) e sem carteira (-6 mil ou -5,8%). No período em análise, houve redução no contingente de trabalhadores autônomos (-7 mil ou -2,5%) e no de empregadores (-6 mil ou -14,3%). Por outro lado, houve acréscimo no número de ocupados no agregado demais posições ocupacionais, que inclui donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais (8 mil ou 25,8%) e relativa estabilidade no número de empregados domésticos (1 mil ou 0,9%).

No ano de 2016, o rendimento médio real decresceu tanto para os ocupados (-8,1%) como para os assalariados (-7,9%). Em termos monetários, a remuneração média dos ocupados passou a equivaler a R$ 1.342, e a dos assalariados a R$ 1.428.

No ano em análise, reduziram-se as massas de rendimentos reais dos ocupados (-11,9%) e dos assalariados (-13,2%), como resultado dos decréscimos no rendimento médio real e, em proporção um pouco menor, do nível de ocupação.

 

Fonte: Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia.