Em assembleia, servidores da UFSB aprovam posição contrária à proposta de extinção das IHACs

Durante a manhã desta segunda-feira (03/05), os Técnico-Administrativos em Educação da UFSB aprovaram, por esmagadora maioria, posição contrária à extinção dos IHACs (Institutos de Humanidades, Artes e Ciências), proposta pela gestão da Universidade Federal do Sul da Bahia. A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária. Foram 85% votos contrários à extinção, 8% a favor e 8% de abstenções.

Representante dos TAE no CONSUNI, o servidor Danilo Ornelas, apresentou e explanou a proposta da atual gestão de extinção dos IHACs, bem como diagnóstico apresentado pelos decanos da efetividade dos IHACs e contrários à extinção destes. Ele também criticou a forma como está sendo conduzida a reestruturação das unidades acadêmicas e o deslocamento dos Bacharelados Interdisciplinares para os centros de formação, com extinção de cursos em alguns campi. Danilo Ornelas entende os IHACs como estrutura fundamental para o projeto de Universidade.

Logo em seguida, o Coordenador da ASSUFBA, Edinelvan Lima, falou sobre a necessidade de a proposta de reestruturação administrativa e acadêmica ser melhor detalhada pela UFSB, principalmente com apresentação de estudos técnicos e pesquisas.

 

 

Para Edinelvan Lima, não houve uma discussão aprofundada com os servidores sobre a estrutura administrativa e os impactos da mudança. “Sabemos da importância dos IHACs para a formação da educação básica e no contexto educacional, principalmente nos municípios circunvizinhos da Universidade”, disse. O coordenador finalizou a fala dizendo que os rumos da instituição estão sendo tomados por pressão a atender o projeto neoliberal e ótica economicista da viabilidade dos cursos, o que é preocupante.

A Coordenadora do Sindicato, Maristela Aragão, acha importante levar a insatisfação da categoria para o CONSUNI e acredita que a extinção dos IHACs terá como uma das consequências o sucateamento da educação básica, sem contar com a descaracterização da instituição. Ela também falou sobre a importância de manter o diálogo sobre o assunto com os professores e estudantes, que também serão atingidos pela medida.

Representante dos TAE no CONSUNI, o servidor Danilo Ornelas, ainda deu alguns informes das discussões do Conselho Universitário, como o debate sobre o Regimento Geral e a Instrução Normativa 125.

 

 

A servidora Zenilde Alves, que também é representante dos técnicos no CONSUNI, ressaltou que a UFSB não apresentou dados ou estudos que comprovassem a necessidade de extinção dos IHACs e afirmou que a medida representaria um total desmonte da universidade.

O posicionamento da categoria contrário à extinção dos IHACs será apresentado durante reunião do CONSUNI, que ocorre no próximo dia 12.

Informes
A assembleia foi aberta com os informes gerais e internos. O Coordenador da ASSUFBA, Edinelvan Lima falou sobre os impactos da Reforma Administrativa (PEC 32), a qual terá inúmeros impactos para os servidores e serviços públicos, em especial nas áreas de educação, saúde e segurança pública e representa o sucateamento de todo o serviço público.

Edinelvan informou ainda sobre a Instrução Normativa 125, que torna obrigatória a frequência via controle de ponto eletrônico. Para ele, “a categoria deve se antecipar e discutir previamente o tema e o modelo menos prejudicial dentro das opções para não ser surpreendida”. O coordenador fez um breve informe também sobre o processo de vacinação dos servidores.

A Coordenadora da ASSUFBA, Maristela Aragão, também deu informes importantes aos trabalhadores, como a Comissão de Políticas Afirmativas para o biênio 2021-2023, que deve ser formada por três Técnico-Administrativos em Educação, estudantes e professores.

O servidor Danilo Ornelas, deu alguns informes das discussões do Conselho Universitário, em especial o debate sobre o Regimento Geral, previsto para entrar em pauta no Conselho Superior na segunda quinzena do mês de julho de 2021.

ASSUFBA Itinerante
Outro informe passado foi a realização da ASSUFBA Itinerante virtual, a partir da próxima semana. “O objetivo é fazer o diálogo por campus para ouvir os servidores sobre as principais demandas”, afirmou Maristela Aragão.