Em Dia de Visibilidade Trans, ASSUFBA reforça luta em busca de direitos e combate à violência

Instituído em 2004, o Dia da Visibilidade Trans é celebrado em 29 de janeiro. Nesta sexta-feira, a ASSUFBA reforça a importância da luta em busca de direitos da comunidade LGBTQIA+ e da necessidade de ampliar a conscientização da população para o respeito aos cidadãos transexuais e combate à transfobia.

Desde 2004, muitos avanços foram garantidos. Naquele ano, o Ministério da Saúde formalizou o compromisso para a saúde da população gay, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros com a criação de um Comitê Técnico. Em 2008, uma nova conquista. O SUS (Sistema Único de Saúde) instituiu o processo transexualizador, passando a permitir o acesso da população a procedimentos com hormonização, cirurgias de modificação corporal e genital, assim como acompanhamento multiprofissional.

A Portaria 2803/2013 modificou o programa, que foi redefinido e ampliado, passando a incorporar como usuários do processo transexualizador do SUS os homens trans e as travestis. Somente mulheres trans eram assistidas. Apesar dos progresso, a sociedade brasileira ainda precisa avançar para estancar o preconceito e a violência, e garantir ampliação de direitos básicos como educação, saúde, trabalho e segurança.

Infelizmente, o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. De acordo com a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), foram registrados ao menos 175 assassinatos de pessoas trans em 2020. Houve alta de 41% em relação a 2019, quando foram contabilizou 124 mortes.

Os exemplos de intolerância e violência no Brasil são muitos. Nesta semana, a covereadora Carol Iara, mulher negra a trans, que faz parte do mandato da Bancada Feminista do PSOL na Câmara dos Vereadores de São Paulo, foi vítima de um atentado a tiros em sua casa. A parlamentar não foi ferida na ação.

Portanto, o Dia da Visibilidade Trans marca o desafio da sociedade brasileira de se engajar na luta para derrotar a cultura machista e violenta, enraizada no país, que mata e marginaliza a comunidade trans.