Enterro de estudante morto no Campo Grande é marcado por emoção e revolta
Familiares, amigos, colegas de faculdade e professores participaram do enterro do estudante Itamar Ferreira de Souza, 25 anos, encontrado morto no sábado (13) em uma fonte, no Largo do Campo Grande. O sepultamento foi realizado na manhã deste domingo (14) no Cemitério Campo Santo, na Federação.
Familiares cobraram rigor da polícia na investigação do caso. A professora Dora Leal, reitora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde Itamar cursava Produção Cultural, Giovandro Ferreira, diretor da Faculdade de Comunicação, e Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), estiveram presentes.
Apesar das investigações da polícia apontarem para latrocínio (roubo seguido de morte), para o GGB trata-se de um crime homofóbico. “Os culpados certamente escolheram um gay para assaltar pela sua vulnerabilidade. O gay precisa se esconder, andar por lugares complicados para fugir das perseguições da sociedade. De modo que se trata de um crime de homofobia”, afirmou Luiz Mott.

“Lamentamos, profundamente, o assassinato do nosso aluno Itamar Ferreira Souza, na madrugada desta última sexta-feira, encontrado com vários sinais de agressão pelo seu corpo, na Praça do Campo Grande. Em conversa com seus familiares, nos solidarizamos e nos colocamos à disposição neste momento de dor e perda (…)
A Faculdade de Comunicação e a Administração Central da UFBA, em especial, a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, estão acompanhando o desenrolar das informações sobre este assassinato e já exigem uma apuração rigorosa do fato seja ele por motivação sexual ou qualquer outra razão que levou à ruptura de vida do jovem e aluno da Faculdade Comunicação da UFBA, Itamar Ferreira Souza”.