Gestão de Guedes e Bolsonaro favorece grandes empresários e prejudica trabalhadores, aponta balanço
A política econômica de Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes não favorece nem um pouco a população mais vulnerável do país. Prévia da pesquisa “Conjuntura Política e corrupção financeira”, realizada pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL), fundado pelo economista Eduardo Moreira, revela que a economia favorece “muito” ou “um pouco” os grandes empresários (69%) e os banqueiros (68%). Em contraponto, uma das classes sociais mais prejudicadas pela desgovernança está a dos trabalhadores (51%).
O caos na economia ficou ainda mais evidente durante a pandemia da Covid-19. A falta de uma gestão eficaz e de políticas públicas efetivas por parte do governo federal fez com que a taxa de desemprego e o número de pessoas na informalidade subisse, assim como o aumento acelerado da fome, insegurança alimentar e estrutural e a desigualdade ascendecem no país. Enquanto isso, “paraísos fiscais” conseguem ser investidos para preencher os bolsos dos parlamentares a fim de comprar os interesses do governo genocida na Câmara e no Senado. Cruel e vergonhoso.
Coordenado pelo sociólogo Jessé Souza, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a pesquisa ouviu 2.685 pessoas, entre 10 e 26 de novembro. Sobre as condições econômicas, 86% disseram que o país vive uma crise. Destes, quando perguntados sobre quem ganha com a crise econômica dos últimos anos, “políticos e “pessoas mais ricas” lideram a lista, ambos com (63%).
Na sequência, aparecem “pessoas que mantêm dinheiro fora do país” (52%), “bancos” (44%), “grandes empresas” (39%) e “empresários” (36%). Na contramão, por quase unanimidade, nove em cada 10 entrevistados (90%) disseram que a população mais pobre perdeu com a crise.