Greve dos servidores da UFBA começa com ato no portão de Ondina

Os Técnico-Administrativos em Educação da UFBA iniciaram a greve nacional orientada pela FASUBRA (Federação de Sindicatos dos Trabalhadores em Universidades Brasileiras) com forte mobilização no portão do campus de Ondina, na manhã desta quarta-feira (22/11).

Entre os eixos da greve por tempo indeterminado dos servidores, repúdio ao corte feito pelo governo Temer no orçamento das universidades públicas federais, em defesa dos serviços públicos, do PCCTAE (Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação) e dos hospitais universitários, contra o PDV (Programa de Desligamento Voluntário), o PLS 116/17 (demissão por avaliação negativa dos funcionários públicos), o aumento da contribuição previdenciária e a reforma da Previdência, além de negociação salarial imediata.

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O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, alertou sobre o processo de sucateamento dos serviços públicos que está em processo no país. “Precisamos de uma resposta contundente aos ataques do governo Temer que prejudicam o funcionalismo e as universidades públicas federais”.

Após o ato em Ondina, o Comando Local de Greve se reuniu para traçar novas ações. Nos dias 27 e 28/11, os servidores participam da Caravana à Brasília. Os delegados de Salvador saem da cidade no dia 26/11, realizam ato na UFOB e seguem para a capital federal.

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Em paralelo, os servidores que não viajarem permanecem mobilizados e fazem movimentações em Salvador. De 27 a 29/11, diversas unidades da UFBA recebem visitas da Coordenação do Sindicato e dos técnicos. O objetivo é chamar a atenção sobre a greve e a necessidade de forte adesão, além de ampliar o diálogo com os alunos e docentes.

Assembleia

Nesta quinta-feira (23/11), a categoria de reúne em assembleia, na Faculdade de Economia, na Piedade, Salvador, às 9h, para avaliar o movimento e traçar novas estratégias. Depois, saem em passeata até a Reitoria da UFBA.

 

Ato de solidariedade ao NEIM

Os Técnico-Administrativos em Educação da UFBA se juntaram aos professores e estudantes para protestar, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, contra as ameaças sofridas por uma docente, pesquisadora do NEIM (Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher), cujo trabalho está relacionado à divisão sexual no trabalho, e a tentativa de impedimento de defesa de uma dissertação de Mestrado de aluno do IHAC (Instituto de Humanidades, Artes e Ciências).

Os servidores irão propor, durante a assembleia desta quinta-feira (23/11), um documento de apoio ao NEIM. A Coordenadora de Políticas Sociais e Anti-racistas do Sindicato, Lucimara da Silva, conclamou os presentes a se unirem na luta por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e inclusiva. “Precisamos entender o momento que estamos passando para ter a reação exata e necessária”.

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Para o Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, há um desafio de ser construída pela comunidade universitária uma mobilização para barrar o forte ataque que tem sido feito à universidade.

Foi aprovado no Conselho Universitário da UFBA uma moção de repúdio, assinada pelo reitor da Universidade, João Carlos Salles, diante da ameaça sofrida pela professora e outras tentativas de cerceamento da pesquisa na instituição.

Fotos: Américo Barros/Foco Filmes