GT de trabalho da Assufba quer empoderar mulher

Com o objetivo de institucionalizar atividades voltadas ao empoderamento da servidora da Ufba, foi lançado, nesta segunda-feira (10), o GT de Mulheres da Assufba. Evento aconteceu no auditório do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) e teve a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) como debatedora.

A coordenadora de Comunicação da  Assufba, Cássia Maciel, conduziu os trabalhos e esclareceu que o GT atuará sob o tripé “organização, conquista de empoderamento e enfrentamento da violência contra a mulher”.

O lançamento do grupo contou com  a presença de mulheres tradicionalmente engajadas na luta pela emancipação feminina, como a deputada federal Alice Portugal, a defensora pública Firmiane Venâncio Carmo Souza e as sindicalistas Rosa de Souza (CTB), Marilene Betrus (APLB) e Eliete Gonçalves (Assufba),
Em sua explanação, Alice Portugal remontou aos primórdios da dominação da mulher e ressaltou que a sua submissão deve ser desconstruída culturalmente. “Na família, ensinando-se que meninos e meninas podem a mesma coisa e devem ser educados de maneira não diferenciada e orientados  para a cultura da paz. Na escola, no sentido de orientar  o educador para que ele garanta  uma educação não diferenciada.  Se tem menino médico, também tem menina médica; se tem  menino  engenheiro,  também tem menina engenheira”, argumentou.
Para Firmiane Venâncio, iniciativas como a do GT da Assufba são “fundamentais” para se reverter a vitimização crescente de mulheres. “São esses espaços de empoderamento das mulheres que vão nos fazer avançar. Fazem parecer que a política é um espaço estranho às mulheres, mas nós respiramos política e é na política que as coisas se resolvem’, disse.
Marlene Betrus destacou a invisibilidade das mulheres nos sindicatos. “Na APLB, somos 80% de mulheres e não temos um departamento feminino”, reclamou. A professora e dirigente sindical criticou o “mito da rivalidade feminina” e reforçou a necessidade de se incluir o tema da emancipação feminina no currículo escolar.
Eliete Gonçalves, coordenadora de Políticas Sociais da Assufba, eleva a importância do GT

Eliete Gonçalves, coordenadora de Políticas Sociais da Assufba, eleva a importância do GT

Já Eliete  Gonçalves rechaçou a suposta fragilidade feminina, que, para ela, opera como mais um instrumento de manutenção da submissão da mulher. “Nos não somos frágeis. Gostamos de rosas, mas somos fortes”, frisou.

Vice-presidente da CTB-BA, Rosa de Souza falou sobre a estratificação sexista da ocupação dos espaços de poder, onde a mulher está sempre em desvantagem, e conclamou a plateia a participar da Marcha das Mulheres, que acontecerá no próximo dia 17, em Salvador. “Será uma caminhada representativa, num ano de eleições, por mais mulheres nos espaços de poder”, afirmou a sindicalista.