Inep divulga desempenho das Instituições de Ensino Superior do Brasil; Universidades federais foram melhores

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta quinta-feira (12/12), o Conceito Preliminar de Curso (CPC). Entre as federais, a maioria dos cursos receberam as notas mais altas no sistema de avaliação do Ministério da Educação (MEC). Vale lembrar que o ministro da pasta, Abraham Weintraub, vem realizando constantes ataques a universidade pública, em relação ao seu desempenho e qualidade, enquanto seu discurso vem sendo o de priorizar o setor privado.

O CPC leva em consideração notas obtidas na prova do Enade e informações como perfil de titulação dos professores. Em comparação com as privadas, 56,8% dos cursos federais avaliados no ano passado ficaram nos dois últimos intervalos do índice, 4 e 5, as notas mais altas. Esse percentual é de 28,35% nas instituições pagas.

As menores notas, entre 1 e 2, tiveram maior contemplação nas privadas com fins lucrativos, chegando a 10,7%. As federais têm apenas 2,4%. Comprovando a falta de provas no discurso de Weintraub.

Para avaliação foram pesquisadas 27 áreas, entre elas: administração, direito, psicologia e ciências contábeis. Ao contabilizar todas as instituições (federais e privadas), 33,4% estão com as maiores notas, 4 e 5. Com as notas 3 e 4, somam 56,6% dos cursos, e com notas 1 e 2 são 9,9%.

O Inep também apresentou informações sobre o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). Os dados apontaram 266 Instituições de Ensino Superior no Brasil (IES) com desempenho inferior das demais avaliadas em 2018. De todas instituições, as universidades federais seguem na liderança do IGC com 68,6% das universidades com as duas maiores notas. A taxa entre as privadas é baixíssima, com 18,1%.

Ao todo, sete IES tiveram o índice 1 (pior desempenho), 259 com a segunda menor nota, e a maior parte, 1.306 instituições, obtiveram pontuação 3 (63,6%). Com o maior índice, pontuando 4 ou 5, foram 460 instituições.

O IGC é calculado com base na média do CPC, e indica a qualidade do ensino superior brasileiro nos últimos três anos. Ele leva em consideração vários insumos, como avaliação dos cursos de pós-graduação e a distribuição dos estudantes entre os mesmos cursos.