Informalidade e desalento aumentam, mas desemprego diminui

Em pesquisa divulgada nesta quinta-feira (31/01), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a informalidade no mercado de trabalho está em seu nível mais alto e o desalento aumentou. O dado é da Pesquina Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.  

As pessoas desalentadas, aquelas que desistiram de procurar trabalho, aumentou expressivamente. Eram 1,532 milhão em 2014; em 2018 esse índice chegou a 4,736 milhão. Ou seja, em quatro anos o número triplicou.

A taxa média de desemprego no Brasil caiu em 2018, de 12,7% em 2017 para 12,3% ano passado. Após um ano de reforma trabalhista, o número de desempregados é calculado em aproximadamente 12,836 milhões, 3% a menos que em 2017. No entanto, em comparação com 2014, o percentual vai para 90% a mais de desempregados. Em 2014, o número de desempregados no Brasil alcançou o menor nível da série histórica: 6,743 milhões.

Os impactos da reforma trabalhista e a retirada de direitos mostra que o aumento de ativos têm implicações severas na qualidade do trabalho. O número de empregados com carteira assinada é o menor da série: apenas 32,929 milhões. Em 2014 eram 36,610 milhões de trabalhadores formais.

Empregados sem carteira assinada atingiram o maior nível, são 11,189 milhões. Os trabalhadores por conta própria somam 23,340 milhões, segundo o IBGE representa pouco mais de um quarto da população ocupada do país.

Outro recorde batido foi o número de empregados domésticos, 6,242 milhões e menos de um terço (29,2%) possui carteira assinada. Menor nível desde 2012.

O crescimento de ocupados no Brasil foi de 91,861 milhões, aproximadamente 1,2 milhão a mais de 2017. Enquanto o emprego com carteira reduziu 1,2%, o trabalho sem carteira cresceu 4,5% e por conta própria aumentou 2,9%.