Lavagem e marchas celebram o Dia da Consciência Negra

O domingo, 20 de novembro, foi repleto de homenagens ao Zumbi dos Palmares em Salvador. Na parte da manhã, a Unegro, CTB, Abam e outras entidades do movimento social realizaram a tradicional Lavagem da estátua do líder do Quilombo dos Palmares, que está localizada no Pelourinho, Centro Histórico da cidade.

Em sua 8ª edição, o evento começou com um cortejo, que saiu da sede da Unegro em direção ao monumento. Puxado pelas baianas e animado pela banda Tambores de Búzios, o cortejo foi seguido por uma multidão, que depois se reuniu em frente à estátua para acompanhar as baianas no ritual de lavagem da base do monumento com água de cheiro, flores e alfazema.

O evento foi só o início da programação do Dia da Consciência Negra na capital baiana, que é considerada a cidade com mais negros fora da África. Na parte da tarde, foram realizadas também duas grandes marchas, uma saindo da Liberdade e outra do Campo Grande em direção ao Pelourinho, onde se encontraram em um grande evento cultural intitulado de Convergência do Movimento Negro.

A CTB Bahia marcou presença nos eventos, levando sempre a bandeira de luta dos trabalhadores. A Central foi representada pelo secretário de Combate ao Racismo, Sílvio Pinheiro, que ressaltou a importância desta data para o povo brasileiro. “O dia de hoje, além de um dia de uma grande celebração e de lembranças dos nos nossos antepassados, deve ser também um dia de reafirmação da nossa luta do dia a dia e, principalmente, da luta contra a retirada dos nossos direitos, que estão sendo ameaçados pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Por isso, a tema de hoje é “Fora Temer”. Esta é uma forma de dizermos que queremos que sejam mantidas as políticas que possibilitam que o povo negro tenha mais acesso a saúde, educação moradia e emprego e que não vamos aceitar nenhum direito a menos”.

As bandeiras de luta foram reafirmadas também pela presidente da Unegro na Bahia, Sirlene Assis. “Hoje estamos aqui para lutar contra o sistema atual, contra estas PECs que não nos representam, que são o desmonte dos direitos conquistados historicamente. Esta PEC 55 é contra o direitos dos negros, das mulheres, da juventude negra, pois tira a perspectiva de futuro. Não dá para aceitar os desmando de um Congresso que não nos representa, que está ai para manter os privilégios da elite e prejudicar os trabalhadores. Estamos aqui para nos rebelar contra esta PEC, que vem contra a classe trabalhadora”, acrescentou Sirlene.

 

Fonte: CTB Bahia